Tendência é de
acumulado maior
no mês de janeiro
O resultado nominal de novembro, conceito que inclui o pagamento de juros, foi deficitário em R$ 1,326 bilhão. ‘‘É o melhor resultado para o mês desde 1992’’, disse Lopes. Ele explicou que o nominal geralmente é negativo, justamente pela incorporação dos juros. Na série do BC a exceção, no último ano, foram os meses de março – quando o efeito da desvalorização cambial fez com que o nominal ficasse positivo em R$ 11,892 bilhões – e setembro, quando o resultado primário foi tão bom que o nominal ficou positivo em R$ 770 milhões.
Em novembro passado as despesas com juros nominais, apropriadas pelo critério de competência, totalizaram R$ 2,1 bilhões. O governo central incorporou receitas de juros da ordem de R$ 1,6 bilhão, enquanto que os governos regionais foram responsáveis pela incorporação de despesas de juros de R$ 3,7 bilhões.
No acumulado de 11 meses do ano passado, o resultado nominal foi deficitário em 10,6% do PIB, percentual inferior ao estabelecido com o FMI, que era de 11,18% do PIB. De acordo com o chefe do Depec a expectativa, para dezembro, é que essa relação caia para menos de 10%.
O resultado para os 12 meses terminados em janeiro será melhor ainda, disse Lopes, com essa relação voltando à normalidade e caindo para menos de 5%. ‘‘Estaremos retirando janeiro de 1999, um mês de 72% de desvalorização cambial’’, explicou. Quando chegar a dezembro de 2000 a relação do déficit nominal com o PIB deverá estar abaixo dos 4%.