DivulgaçãoLeôncio de Rezende Neto (de costas para o painel), da Telepar, assina contrato para as rotas com fibras óticasA Telepar inicia em maio a mudança das rotas de microondas que cobrem o Paraná. Elas serão substituídas por uma rede de fibras óticas, chamada de Rede de Fibras Óticas do Paraná (Rotpar). O contrato para a troca do sistema de comunicação e telefonia foi assinado na semana passada com duas empresas curitibanas, o consórcio Cide/Inepar e a Furukawa. O projeto deve custar R$ 47 milhões à Telepar.
Segundo o presidente da Telepar, Leôncio Vieira de Rezende Neto, a Rotpar permitirá melhorar o atendimento da demanda de tráfego dos serviços da telefonia convencional, celular móvel e comunicação de dados. Hoje, a rota de telecomunicação por microondas tem capacidade de comportar até 8 mil ligações simultâneas. Com a Rotpar, será possível ampliar em até quatro vezes o fluxo de ligações. Será possível fazer cerca de 30 mil chamadas interurbanas ao mesmo tempo.
A Rotpar é um sistema composto por dois anéis de cabos óticos, que são enterrados ao longo das rodovias. ‘‘Estaremos repetindo o caminho que a empresa trilhou há quase 30 anos, quando foram instaladas as primeiras rotas de microondas’’, comparou Rezende. A rede terá uma extensão de 3,1 mil quilômetros de cabos com 72 fibras.
ReproduçãoOs caminhos da fibra ótica nos planos traçados pela Telepar
O primeiro anel da Rotpar terá uma extensão de 1,5 mil quilômetros e liga as cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Apucarana, Londrina, Maringá, Campo Mourão, Cascavel e Foz do Iguaçu. O segundo anel terá 1,6 mil quilômetros e passa pelas cidades de Jacarezinho, Cornélio Procópio, Paranavaí, Umuarama, Goioerê, Francisco Beltrão, Pato Branco e União da Vitória.
O presidente da Telepar estima que a obra levará três anos para ser concluída. O primeiro trecho vai interligar os municípios de Foz do Iguaçu, Cascavel e Ponta Grossa. O valor do contrato assinado com a Cide/Inepar é de R$ 14,2 milhões para a primeira etapa. A segunda etapa, que será feita pela Furukawa, vai custar R$ 32,8 milhões.
A mudança para um sistema mais veloz de telefonia interurbana permitirá um maior acesso a serviços de multimídia que exigem uma banda mais larga de transmissão de dados. Os serviços que precisam de maior velocidade são: vídeo por demanda, telemedicina, vídeo interativo, vídeo conferência, home banking, home shopping e teleeducação.