A operadora de telefonia móvel TIM começou a oferecer neste mês de julho a tecnologia 5G para usuários de 47 bairros de Londrina. Com velocidade upload e download até 100 vezes mais rápida que o 4G e latência próxima a zero, a TIM é a terceira operadora a oferecer a quinta geração de conexão móvel na cidade, já que a Claro e a Vivo estão ofertando a tecnologia desde o início do ano. No Paraná, Londrina é a primeira cidade do interior a receber o 5G da TIM.

Em visita à FOLHA, Christian Krieger, diretor comercial da TIM na Região Sul, explicou que a transição do 4G para o 5G é um marco na tecnologia porque traz melhorias na velocidade de navegação e na latência, que é o tempo de resposta a um comando. Segundo ele, no sinal da quinta geração de conexão móvel, a velocidade de download e de upload chega a ser 100 vezes mais rápida que a versão anterior. Já a latência fica em torno de 4 milissegundos, ou seja, esse é o tempo que o usuário terá que esperar pela resposta após clicar em um site, por exemplo.

Em Londrina, os bairros que agora estão com a cobertura 5G são: Aeroporto, Jamaica, Alpes, Leonor, Antares, Lindóia, Bandeirantes, Lon Rita, Bela Suíça, Londrina, Brasília, Ouro Verde, Cafezal, Pacaembu, Califórnia, Palhano, Centro Histórico, Parigot de Souza, Champagnat, Parque das Indústrias, Cilo III, Petrópolis, Cidade Industrial I, Piza, Cidade Industrial II, Presidente, Coliseu, Quebec, Esperança, Saltinho, Fraternidade, Shangri-Lá, Guanabara, Tucanos, H.U., Universidade, Higienópolis, Vila Brasil, Ideal, Vila Casoni, Indústrias Leves, Vila Nova, Inglaterra, Vila Recreio, Interlagos, Vivendas do Arvoredo e Ipiranga. De acordo com Krieger, a cobertura vai abranger 75% de todos os bairros da cidade de forma parcial ou total.

Jeison Bittencourt e Christian  Krieger,da TIM: para usar a conexão 5G, o usuário precisa apenas ter um aparelho celular compatível com a tecnologia e não é necessário trocar o chip ou o pacote de dados
Jeison Bittencourt e Christian Krieger,da TIM: para usar a conexão 5G, o usuário precisa apenas ter um aparelho celular compatível com a tecnologia e não é necessário trocar o chip ou o pacote de dados | Foto: Sérgio Ranalli - Editor

Para usar a conexão 5G, o usuário precisa apenas ter um aparelho celular compatível com a tecnologia e não é necessário trocar o chip ou o pacote de dados. Além disso, ao chegar em uma região com cobertura 5G, o aparelho vai automaticamente mudar para o sinal sem que o usuário precise fazer alguma alteração.

O diretor detalhou que as pessoas que costumam usar aplicativos de jogos no celular vão sentir a melhora enquanto estiverem competindo com algum adversário que usa o 4G, já que o tempo de latência é menor, o que pode ajudar a ganhar a disputa ou o jogo. Ele ressaltou também que em eventos que reúnem muitas pessoas em um mesmo local, como a ExpoLondrina, a conexão fica mais lenta porque as torres de transmissão limitam o número de usuários simultâneos. “Quando eu coloco o 5G ele não tem mais esse limite de pessoas e vai trafegar independente da quantidade, então você vai estar na Expolondrina enviando vídeos ou fazendo chamadas de vídeo sem nenhum problema”, afirma. Krieger também detalhou que, ao mesmo tempo em que as pessoas com aparelho compatível à tecnologia vão aproveitar o 5G, a experiência também fica melhor para quem ainda está no 4G.

Ainda sem prazo definido para chegar aos demais bairros de Londrina ou para estender a cobertura 5G para outras cidades da região, o diretor detalhou que, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a obrigação da operadora era ofertar a tecnologia apenas em julho de 2025 em Londrina, de acordo com o número de habitantes. Até 2028, o sinal da quinta geração de conexão móvel deve chegar a cidades com mais 30 mil habitantes.

Internet das Coisas

Além de vantagens para a população, o 5G também pode auxiliar na capacidade produtiva da indústria, como conta o responsável pela área de soluções corporativas da TIM, Jeison Bittencourt. Segundo ele, quando se fala em IOT, chamada de Internet das Coisas, é necessário ter uma conexão rápida e com baixa latência. Ele cita como exemplo ambientes em que há risco à vida, como o Porto de Santos, em São Paulo, que tem a tecnologia 5G por conta da necessidade de os comandos serem rápidos caso haja uma queda de container. O mesmo é utilizado no setor agrícola, com drones que espalham defensivos através de conexão ou de carros que utilizam chips, permitindo que as concessionárias avisem os proprietários sobre a necessidade da troca de peças. “A gente nem sabe até onde vai o uso porque só está no começo e nós estamos navegando nisso juntos”, finaliza.