Técnicos não vêem condições para juro menor
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segunda-feira, 19 de março de 2001
Agência FolhaDe Brasília
O mercado espera que o Banco Central mantenha os juros básicos da economia inalterados por mais um mês, no mínimo. A razão é o temor de que a grave crise econômica enfrentada pela Argentina afete o Brasil. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne hoje e define amanhã se altera ou não os juros, atualmente em 15,25% ao ano.
Entre os analistas ouvidos ontem pela Agência Folha, o consenso é que não é possível reduzir os juros em um momento como o atual, quando ainda não se sabe quais serão os efeitos do pacote econômico argentino anunciado na semana passada. Apesar disso, o mercado entende que é cedo para se falar em aumento dos juros, mesmo existindo fatores negativos como a disparada do dólar.
O cumprimento da meta de inflação (4% neste ano, medida pelo IPCA e que pode variar dois pontos para cima ou para baixo) é a principal variável considerada pelo BC na hora de mexer nos juros. Nos dois primeiros meses do ano, o IPCA já acumula alta de 1,03%.
