SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As ações de empresas de tecnologia voltaram a registrar fortes altas nesta segunda-feira (12), impulsionando a valorização das Bolsas americanas.

A Nasdaq, Bolsa de tecnologia dos Estados Unidos, subiu 2,56%, a 11.876 pontos, maior patamar desde 2 de setembro. Já o índice S&P 500, que reúne as maiores empresas americanas, teve alta de 1,6%, a 3.534 pontos, apenas 1% abaixo de seu recorde histórico de setembro. Dow Jones subiu 0,9%.

Com as altas, os índices americanos recuperaram as quedas de setembro, mês marcado pelo forte recuo nos papéis do setor.

Pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida no Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo não abriu, mas nos EUA, o índice que acompanha o Ibovespa em dólares (MSCI Brazil) subiu 1,2%.

Dentre os maiores ganhos estão as ações da Apple, que subiram 6,35%, a US$ 124,40 (R$ 687,93), antes do lançamento do novo iPhone na terça-feira (13). Analistas esperam que o novo modelo tenha capacidade 5G e consideram que ele pode superar o recorde de vendas que a empresa teve em 2015, com o iPhone 6S. O iPhone é o carro-chefe da maior empresa do mundo.

Além disso, a Apple teve sua recomendação elevada no RBC Capital Markets pelo seu serviço de exercícios Fitness+.

Já a Amazon subiu 3,75%, a US$ 3.442,93 (R$ 19.039), antes do Prime Day, evento mundial com dois dias de descontos em itens selecionados, que ocorre a partir desta terça. Originalmente, o Prime Day é em julho, mas foi adiada em decorrência do coronavírus.

O Twitter, por sua vez, teve alta 5%, a US$ 48,25 (R$ 266,82), após a empresa ter recomendação elevada para compra pelo Deutsche Bank, que tem expectativa de crescimento contínuo para a empresa em 2021.

Microsoft teve alta de 2,6%, a US$ 221,40 (R$ 1.224), e Facebook, de 4,3%, a US$ 275,75 (R$ 1.524). Google subiu 3,6%, a US$ 1.564,59 (R$ 8.652).

"Os líderes de mercado são mais uma vez os nomes da tecnologia, sustentados pelo fato de que a economia continua em expansão", diz Phil Blancato, presidente-executivo da Ladenburg Thalmann Asset Management em Nova York.

Investidores estão otimistas após o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, defenderem, no domingo (11), que o Congresso do país aprove um projeto de lei com medidas de estímulo à economia com recursos remanescentes de um programa de pagamento de salários, enquanto as negociações sobre um pacote econômico mais abrangente continuam.

Na carta aos membros da Câmara e do Senado, Mnuchin e Meadows disseram que a Casa Branca continuará a conversar com o líder democrata do Senado Chuck Schumer e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, mas que o Congresso deveria "votar imediatamente um projeto de lei" para permitir o uso dos recursos do programa enquanto trabalha em um pacote maior.

Pelo menos 20 republicanos do Senado disseram se opor a um plano da Casa Branca que envolve estímulo de US$ 1,8 trilhão (R$ 9,95 trilhões) e que foi enviado para Pelosi.

"Parece que o governo quer um acordo antes da eleição. Agora cabe ao Senado Republicano descobrir o quão grande será o número", disse Brian Battle, diretor de negócios da Performance Trust Capital Partners em Chicago.

O mercado também espera resultados positivos na safra de balanços do terceiro trimestre. Na terça (13), Citigroup e J.P. Morgan anunciam seus números para o período.

Na Europa, a Bolsa de Londres recuou 0,25% e Frankfurt e Paris subiram 0,7% cada uma. O índice Stoxx 600, que reúne as maiores empresas da região, teve alta de 0,8%.

Em volta de feriado, as Bolsas da China fecharam em alta. O índice CSI 300, que reúne as 300 principais empresas das Bolsas de Xangai e de Shenzhen, subiu 3%. A Bolsa de Hong Kong teve alta de 2,2%. Já a Bolsa do Japão recuou 0,3%.