Dados do Ministério do Trabalho apontam que o setor têxtil brasileiro concentra 73% dos empregos e 67,1% das empresas em quatro Estados: São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná, em 4º lugar, com 13,7 mil postos de trabalho e 774 empresas. No Brasil, são mais de 251,8 mil empregos distribuídos em 10,4 mil empresas do setor. Números que podem atingir ainda melhores patamares com a seda.

A diretora de relações governamentais da Associação Brasileira da Seda (Abraseda), Katiane Fátima Gouvea, relata que hoje o Brasil não sabe aproveitar toda a qualidade do seu fio de seda produzido e, por isso, deixa de gerar postos de trabalho. "A seda é a matéria-prima mais nobre dessa indústria mundial de US$ 2 trilhões. Nós queremos trazer a sericicultura a outro patamar, trazer próximo da indústria da moda nacional e assim gerar mais empregos."

Ela salienta que a indústria da moda atual foca muito na questão da sustentabilidade e isso precisa ser priorizado na indústria têxtil atual. "Estamos falando de um produto com mais de cinco mil anos de história para um mundo que cada vez deseja mais a sustentabilidade. [A cadeia da seda] está ligada aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU. Precisamos sair da questão [somente da produção] do fio da seda, que é apenas o começo de tudo que podemos trabalhar", complementa Gouvea (V.L.)