Imagem ilustrativa da imagem Supermercados paranaenses doam respiradores e monitores para UTI
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Com o objetivo de colaborar com o Paraná para enfrentar esta crise de saúde em função do agravamento da pandemia, a Apras (Associação Paranaense de Supermercados) mobilizou o setor do estado para a compra de respiradores e monitores para a UTI. Praticamente R$ 700 mil foram arrecadados por 34 redes supermercadistas, o que possibilitou a compra de 28 monitores para UTI e 4 respiradores, conforme demanda repassada pelo Governo. O repasse será realizado conforme a demanda.

“Supermercados de diversos portes e de diversas regiões participaram desta mobilização, o que demonstra o quanto é importante que o setor privado se una para ajudar a população no enfrentamento da Covid”, afirma o presidente da Apras, Carlos Beal. Além destas doações, desde o início da pandemia, as redes supermercadistas do estado estão doando alimentos, máscaras e materiais de higiene e limpeza, além de estreitar a parceria com o poder público em projetos e ações sociais.

Em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, os supermercados foram um dos setores que mais se destacaram na economia no ano passado. De acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), 2020 acumulou alta de 9,36% em relação a 2019. Uma pesquisa da entidade, divulgada no início de fevereiro deste ano, mostrou que as vendas em dezembro cresceram 18% em relação a novembro. Já na comparação com dezembro de 2019, o aumento foi de 11,5%.

Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, o auxílio emergencial teve grande impacto nesse resultado, pois grande parte desses recursos foram utilizados no varejo.

Apesar do crescimento, o setor também precisou superar desafios no ano passado. Uma das dificuldades, segundo Milan, foi o aumento dos custos operacionais devido à alta da inflação e do dólar. Além disso, os investimentos para adequação das lojas aos protocolos de segurança sanitária também sacrificaram as finanças dos supermercadistas. Em evento realizado em novembro pela Apras, Beal, também afirmou que 2020 foi um ano de dificuldades. No entanto, oportunidades também se fizeram presentes..

Segundo Beal, o setor contratou cerca de 15 mil pessoas desde o início da pandemia até novembro do ano passado. E o evento promovido pela APRAS teve como objetivo justamente orientar o varejo de todos os portes e regiões do país para que soubessem como iniciar e o que fazer em 2021.

Perspectivas

Segundo especialistas do mercado financeiro, a tendência para 2021 é de que o segmento se fortaleça ainda mais e assuma uma posição ainda melhor do que tinha antes da pandemia.

Um dos motivos é o fato de que, com o home-office, muitas pessoas mudaram os seus hábitos de consumo. As refeições, que passaram a ser feitas em casa, é um dos exemplos dessa mudança de comportamento. Embora algumas empresas já tenham retomado as atividades presenciais, muitas ainda mantêm o trabalho remoto – de forma total ou parcial. E essa situação deve perdurar, ao menos até que toda a população seja vacinada contra a COVID-19. Por isso, a tendência é de que a demanda por gêneros de primeira necessidade permaneça aquecida, o que beneficia os supermercados.