As pro­mo­ções que mar­cam a tro­ca de co­le­ção no co­mér­cio são óti­mas opor­tu­ni­da­des pa­ra re­no­var o guar­da-rou­pa, já que é pos­sí­vel ob­ter um des­con­to mé­dio de 50% em rou­pas e cal­ça­dos. Ape­sar de as cam­pa­nhas te­rem co­me­ça­do no iní­cio do mês, ain­da há mui­tas lo­jas li­qui­dan­do mer­ca­do­rias. Pa­ra dar di­cas so­bre co­mo apro­vei­tar me­lhor es­ta épo­ca, a FO­LHA ou­viu a con­sul­to­ra de ima­gem Mi­la Co­da­to. O ­mais im­por­tan­te, se­gun­do ela, é que o con­su­mi­dor es­te­ja ‘‘bem ­focado’’ no que de­se­ja pa­ra fa­zer com­pras ‘‘com ­sabedoria’’.
  Com­pran­do sim­ples­men­te por im­pul­so e por­que es­tá ba­ra­to, cor­re-se o ris­co de en­cher o guar­da-rou­pa de pe­ças que nun­ca se­rão usa­das. ‘‘É co­mum, en­tre os ­meus clien­tes, as pes­soas re­la­ta­rem que ­usam ape­nas 20% do que têm no guar­da-­roupa’’, diz Mi­la, que é for­ma­da em co­mu­ni­ca­ção vi­sual e é mem­bro da As­so­cia­ção In­ter­na­cio­nal de Con­sul­to­ria de Ima­gem, com se­de nos Es­ta­dos Uni­dos. Ela ­atua em São Pau­lo, mas es­tá de fé­rias em Lon­dri­na.
  A con­sul­to­ra su­ge­re que o con­su­mi­dor fa­ça uma lis­ta do que já tem em ca­sa e do que pre­ci­sa, e vá pa­ra as lo­jas com ‘‘uma cal­cu­la­do­ra na ­cabeça’’. As­sim, é ­mais fá­cil fa­zer ­bons ne­gó­cios na tem­po­ra­da de pro­mo­ções. Pe­ça de mo­da, por exem­plo, só va­le a pe­na ser ar­re­ma­ta­da se es­ti­ver real­men­te ba­ra­ta, ­pois é vo­lá­til. O mes­mo acon­te­ce com rou­pa mui­to cha­ma­ti­va, mar­can­te. Nes­te ca­so, a di­fi­cul­da­de é fa­zer a com­po­si­ção com ou­tras pe­ças no dia a dia.
  In­de­pen­den­te­men­te da clas­se so­cial ou do es­ti­lo, uma com­pra com sa­be­do­ria, en­si­na Mi­la, é aque­la se faz le­van­do em con­ta a ro­ti­na da pes­soa. ‘‘É só pen­sar: quan­to tem­po da sua se­ma­na é tra­ba­lho, quan­to tem­po é la­zer e quan­to tem­po é so­cial. Is­so vai de­ter­mi­nar a quan­ti­da­de de pe­ças que vo­cê pre­ci­sa ter no guar­da-­roupa’’, ob­ser­va.
  Com­pra com sa­be­do­ria tam­bém en­vol­ve au­to­co­nhe­ci­men­to. Se vo­cê não usa tan­to ver­me­lho, por exem­plo, não vai le­var uma pe­ça nes­sa cor só por­que o pre­ço é bom. ­Cair na ten­ta­ção das pro­mo­ções é mui­to co­mum. Na dú­vi­da, pa­re, res­pi­re e pen­se: ‘se­rá que é um bom ne­gó­cio?’’’, orien­ta.
  Pa­ra ­quem ain­da es­tá em bus­ca do ‘‘re­per­tó­rio ­visual’’, Mi­la diz que a ob­ser­va­ção cui­da­do­sa de re­vis­tas de mo­da po­de ser um bom ca­mi­nho. ‘‘Is­so lhe aju­da na ho­ra das ­compras’’, diz a con­sul­to­ra. Mas res­sal­ta: ‘‘É im­por­tan­te ­usar a mo­da co­mo uma re­fe­rên­cia de pe­ças que re­pre­sen­tem o seu pró­prio es­ti­lo. E não co­mo uma di­ta­du­ra do que de­ve ser ­usado’’.
  Mi­la ci­ta co­mo exem­plo as bo­tas de ca­no al­to, qua­se sem­pre usa­das por fo­ra da cal­ça pe­las mu­lhe­res. ‘‘Não tem na­da de er­ra­do nis­so, mas aca­ba dei­xan­do to­do mun­do mui­to uni­for­mi­za­do. Por que não ex­pe­ri­men­tar jei­tos no­vos, op­tan­do por ­meias gros­sas, com pa­dro­na­gens, pa­ra ­usar a bo­ta com ber­mu­da e ­saia?’’, su­ge­re.
  Em­bo­ra nem sem­pre se­ja tão fá­cil ­achá-las du­ran­te as pro­mo­ções, de­ve-se op­tar por pe­ças ­mais tra­di­cio­nais co­mo cal­ças de cor­te re­to, ­jeans es­cu­ros, blu­sas de lã ou cas­hme­re, bla­zers de co­res neu­tras, ca­mi­sas, ja­que­tas de cou­ro e bo­tas e sa­pa­tos tam­bém em cou­ro. Nos ca­sos de ma­lha ou lã, a di­ca é evi­tar pe­ças que te­nham gran­de per­cen­tual de fio sin­té­ti­co na sua com­po­si­ção por­que, com o tem­po de uso, ­criam bo­li­nhas. ‘‘É me­lhor in­ves­tir em te­ci­dos na­tu­rais (se­da, lã pu­ra, cas­hme­re, al­go­dão, li­nho) que são ­mais ­duráveis’’, acon­se­lha.


CONFIRA

O que não deixar de comprar na liquidação de inverno
O consumidor deve aproveitar as promoções para arrematar peças mais tradicionais. Roupa da moda, só mesmo se o preço for muito bom. As cores neutras também são as mais recomendadas. ‘‘Mas é preciso ter bom-senso para não deixar o guarda-roupa muito igual, com uma cara só. É interessante saber ousar, experimentar’’, diz a consultora de imagem Mila Codato. Confira as dicas da profissional sobre peças importantes de inverno que não devem faltar nos guarda-roupas feminino e masculino:

Homens
■ Camisas (estilos clássico, discreto e despojado)
■ Camiseta polo de manga curta
■ Jaqueta de couro
■ Blazer de veludo
■ Blazer de cor neutra (em lã fria ou gabardine)
■ Suéter de cashmere ou de lã pura
■ Calça jeans em tom escuro
■ Calça de alfaiataria
■ Sapatos de couro

Mulheres
■ Blusa de cashmere
ou lã pura
■ Jaqueta de couro
■ Jaqueta jeans
■ Blazer de cor neutra (em crepe
ou microfibra)
■ Calça de alfaiataria
■ Calça jeans
(sem muitos detalhes ou lavagens)
■ Camisa branca
■ Vestido versátil (que pode ser usado no inverno
e no verão)
■ Botas e sapatos de couro


PECHINCHA


Questão de hábito
O uso da sacola retornável ainda é algo raro que surpreende
até mesmo os funcionários que trabalham nos caixas de supermercados. Alguns insistem em oferecer a sacola plástica mesmo quando o cliente está com a sacola alternativa.

O preço
da batata
A batata monalisa está na liderança de oscilação de preços nas últimas semanas. No começo do mês passado, o quilo do produto variava entre R$ 2,99 e R$ 3,30 nas principais redes de supermercados de Londrina.

Subindo de novo
Há uma semana, era possível encontrar a batata em promoção por menos de R$ 0,75 o quilo. Agora, por causa do excesso de chuva, está de volta à casa de R$ 1,50 e com tendência de alta.

Falta de troco
A falta de moedas de R$ 0,01 no comércio está deixando o consumidor mais uma vez em desvantagem na hora das compras. O cliente até aceita perder R$ 0,01 ou R$ 0,02, desde que haja uma contrapartida, mas alguns caixas deixam de devolver quando a diferença é de R$ 0,03 ou R$ 0,04.