Já estão abertas as inscrições para o BRDE Labs, programa de aceleração voltado às startups de agro, desenvolvido pelo BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) em parceria com o ecossistema de inovação da PUCPR, a Hotmilk. A chamada é nacional, mas o programa será realizado em Londrina e em Toledo. As inscrições podem ser feitas pelo site do BRDE Labs e vão até a próxima terça-feira, 3 de abril.

Podem se candidatar startups de todo o Brasil nas fases de produto (MVP em validação) ou de operação ou tração. O programa começa em abril e vai até novembro de 2020.

O BRDE Labs vai oferecer aos selecionados mentorias, workshops, conexões, possibilidade de realização de POCs (Provas de Conceito) e de negócios com empresas parceiras do programa, bem como acesso a fundos de investimento - como o Fip Anjo, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de R$ 15 milhões - e infraestrutura como coworking, salas de reunião e auditórios.

O programa tem parceria com as maiores cooperativas do agronegócio – Cocamar, Cocari, Castrolanda, Frimesa, Copacol, Integrada, Angelus, C.Vale, Lar e Coopavel.

Poderão participar startups ligados às áreas de análise laboratorial, nutrição e saúde animal, serviços financeiros, agropecuária de precisão, Internet das Coisas (IoT), monitoramento e automação, armazenamento, infraestrutura e logística, Indústria 4.0, plataformas de negociação e marketplace de vendas, economia compartilhada, sistemas de gestão agropecuária e de fazendas, entre outras.

"É um programa de abrangência nacional, primeiro programa específico para agro que a Hotmilk opera em parceria com os melhores players do agro do Paraná, além de ter como o principal fomentador o BRDE”, comenta Cristiano Teodoro Russo, coordenador da Hotmilk em Londrina. Segundo ele, cerca de 20 startups já se inscreveram no programa.

Resultado de um apoio mútuo entre governo, iniciativa privada e academia, o BRDE Labs pode ser considerado um “verdadeiro modelo de tríplice hélice de apoio à inovação”, descreve o coordenador da Hotmilk em Londrina.

"Fazer parte do BRDE Labs, nas condições certas, pode ser tão ou mais importante para startup do que receber um investimento de 100, 200 mil onde se tem que ceder 15, 20% do capital da empresa. O BRDE Labs não retém equity e permite que a startup teste, valide, execute e entregue um produto para 'o mercado certo', uma vez que, irá estar em contato com os grandes players do mercado agro e seus especialistas em produtos, terá acesso a fundos de investimento especializado em agro, tudo isso com a curadoria da Hotmilk e do BRDE. Sem dúvida, é uma oportunidade de ouro para as startups”, finaliza Russo.