Startup londrinense projeta faturar R$ 2,3 mi com cabanas de luxo
Modelo de negócio foi desenvolvido dentro do Construhub, o hub de inovação da construção civil
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sábado, 03 de maio de 2025
Modelo de negócio foi desenvolvido dentro do Construhub, o hub de inovação da construção civil
Simoni Saris - Grupo Folha

Com uma natureza diversa e exuberante, o Brasil tem muitos pontos de grande potencial turístico, mas ainda inexplorados por falta de estrutura de hospedagem ou pouco visitados por não oferecerem acomodações confortáveis.
De olho nesse nicho, o engenheiro civil Murillo Braghin e o arquiteto Matheus Delalibera Gomes se uniram e criaram a Mumajo, uma startup londrinense que constrói cabanas modulares de luxo, encontra investidores para administrarem o imóvel e fazem ainda a gestão da locação em uma plataforma de hospedagem.
O projeto piloto foi instalado no Mirante dos Agudos, em Sapopema (Norte Pioneiro), uma região cheia de atrativos naturais, famosa por suas cachoeiras.
A construção da cabana envolve muita tecnologia. Além dos sistemas de água e esgoto, os sócios planejaram uma estrutura que oferecesse conforto e pudesse ser transportada de caminhão, já montada, para o ponto turístico.
A ideia é proporcionar aos visitantes a experiência de uma hospedagem integrada à natureza, porém sem abrir mão do conforto.
São 30 metros quadrados, onde podem ser acomodadas até quatro pessoas. O espaço conta com várias comodidades, como cama king size, banheira de imersão, ar-condicionado, uma cozinha totalmente equipada, churrasqueira, tecnologia de iluminação e internet. A empresa tem capacidade para produzir duas cabanas a cada 90 dias.
“A gente encontra investidores, cria o patrimônio, que é a cabana, posiciona no local, arrenda uma terra e a nossa empresa faz a gestão das locações”, explicou Braghin. Os investidores recebem um percentual sobre o que é faturado com as locações, mas se tiverem uma capacidade maior de investimento, podem ficar com 100% do lucro.
Inaugurada em março, a hospedagem em Sapopema tem acumulado um faturamento de cerca de R$ 10 mil mensais. As diárias têm valor médio de R$ 500 e já está locada até agosto.
Os sócios investiram R$ 60 mil para iniciar o negócio e a expectativa é faturar R$ 2,3 milhões em 2025, sendo R$ 100 mil oriundos das diárias.
A empresa foi incubada no Construhub, o ecossistema de inovação da construção civil que auxilia micro e pequenas empresas a criarem startups. Fundado em 2022, o hub foi encampado pelo Sinduscon Norte Paraná e conta com a parceria do Sebrae/PR. Hoje, há 70 startups conectadas ao hub e 20 delas já estão faturando.

“É um modelo de negócio interessante porque (os empresários) trabalham em três núcleos diferentes. Eles constroem a cabana, fazem a gestão da locação, a gestão de investidores e os proprietários dos terrenos têm um rendimento mensal”, disse o consultor do Sebrae/PR regional Norte, Gustavo Ishikawa. “É um negócio escalável porque o recurso vem dos investidores.”
Para 2025, o Construhub planejou dois ciclos de incubação, que irão atender 22 startups, além de um programa de validação para projetos que passaram por esse processo inicial. O Go to Market é uma iniciativa para apoiar as empresas a alcançarem o mercado, fechando seus primeiros contratos.

