A SRP (Sociedade Rural do Paraná) lançou nesta terça-feira (31) o SRP Valley, considerado o primeiro parque tecnológico privado voltado ao agro. O parque ficará sediado no Parque de Exposições Ney Braga

Presidente da SRP, Antônio Sampaio, durante o lançamento do SRP Valley
Presidente da SRP, Antônio Sampaio, durante o lançamento do SRP Valley | Foto: Ricardo Maia

O espaço vai reunir startups, empresas, produtores, cooperativas, instituições de pesquisa, investidores, entre outros atores do ecossistema de inovação do agro para desenvolver soluções para os desafios do setor de forma colaborativa. Já estão instalados no Parque o hub Cocriagro, o Sebrae, a Sercomtel, a FB Group e a startup Tracepack.

"O SRP Valley será um parque tecnológico que está abrigando algumas empresas e que, no futuro, vai abrigar mais empresas de base tecnológica do agro", explica George Hiraiwa, diretor de Inovação da SRP e coordenador da governança Agro Valley, governança do Ecossistema de Inovação do Agro em Londrina. "Em suma, será um local onde teremos todos respirando inovação no agro."

Na ocasião, também foi lançado o hub Cocriagro, que será a "âncora" do Parque Tecnológico e fará a conexão entre os parceiros para propiciar o surgimento de novas soluções para os desafios do agro. Segundo a head do Cocriagro, Tatiana Fiuza, este será o primeiro hub para validação de tecnologias agrícolas. "Queremos transformar Londrina a capital da inovação da América Latina", disse.

Já existem 15 startups conectadas ao hub, além de outras empresas parceiras. Fazem parte do hub Cocriagro a Agro Valley, a FEALQ - Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz -, Senai, UTFPR, UEL, Embrapa, Sicredi União PR/SP, Cooperativa Integrada, Bayer, Coamo, TMG, AGCO e IDR-PR. Os residentes terão um espaço de 650 metros quadrados dentro da estrutura do SRP Valley para se instalarem.

O parque tecnológico também vai ter uma área para experimentos e que servirá como uma vitrine para as startups, a Smart Farm, a ser operacionalizada pela Consoagro (empresa júnior de agronomia da Universidade Estadual de Londrina), e um estúdio híbrido para eventos com um palco de 45 metros quadrados com projeção mapeada e transmissão em qualidade 4K.

O Parque Ney Braga já contava com a aceleradora de startups Go SRP e agora oferece o seu espaço de 19 hectares para abrigar iniciativas voltadas à inovação para o agronegócio. A Sercomtel, uma das parceiras do SRP Valley, é que vai preparar a estrutura de telecomunicações para as atividades do parque.

"A evolução tecnológica é a próxima onda em que estamos surfando. É o que vai gerar emprego, desenvolvimento. E não há dúvida que nossa região é rica para esse tipo de coisa", afirmou o presidente da SRP, Antônio Sampaio. "Temos diversidade de culturas, disponibilidade de mão de obra, número de instituições de ensino e desenvolvimento como Iapar, IDR-PR, UEL, Embrapa, temos uma condição muito boa para isso", ele completa.

Nascida em um evento de inovação da ExpoLondrina em 2017, a Tracepack é a primeira startup a se instalar no Parque Tecnológico. "Tracepack é um marco na história da inovação de Londrina. Nasceu em um evento de inovação da ExpoLondrina em 2017, sem visão nenhuma de como poderia estar hoje. Hoje somos o melhor sistema de gestão de dados de maquinários agrícolas que consegue transmitir em tempo real", comemorou Renan Salvador, CEO da startup.

O hub Cocriagro também traz a Londrina a Fealq (Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz), entidade vinculada à Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP (Universidade de São Paulo), que promove a conexão entre a iniciativa privada e os pesquisadores da universidade. A entidade já estava presente na região através da Fazenda Figueira, que abriga uma estação experimental para pesquisas de pecuária de corte da Esalq, mas com o hub, passa a atuar na cidade com o desenvolvimento de inovação.

"A Fealq sempre procura parcerias que promovem a inovação e estão na vanguarda do conhecimento do agronegócio", disse Nelson Massola Junior, diretor-presidente da Fealq. "Temos na nossa retaguarda um grande número de cérebros que pensam o agro, então temos onde procurar as respostas. A Fealq é uma ponte entre a iniciativa privada com os seus problemas a serem resolvidos a e academia, onde estão as respostas", ele conclui.