Entidades do setor produtivo de Londrina divulgaram um manifesto nesta sexta-feira (10) lamentando a decisão tomada pelo Coesp (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública) nesta última quinta-feira (9) definindo a retomada gradual das atividades industriais e da construção a partir do dia 15 desse mês, e do comércio a partir do dia 20.

“(...)Defendemos e solicitamos a este grupo e à Prefeitura Municipal a abertura imediata dessas atividades, com a adoção rígida de todos os protocolos de saúde e segurança por parte das empresas e do cidadão comum, como forma de dar continuidade às medidas necessárias para a contenção da COVID-19”, diz o manifesto.

O documento com o manifesto teria sido entregue ao prefeito Marcelo Belinati na última semana.

Os detalhes da flexibilização do isolamento social estão sendo discutidos pelo prefeito e pelas entidades do Coesp na tarde desta sexta-feira (10).

Para as entidades que assinam o manifesto, a permanência do fechamento dos estabelecimentos irá agravar o “caos social que já se instaurou em nossa cidade”. “Empresas já não conseguirão mais reabrir suas portas e a demissão de um quadro de pelo menos 6 mil trabalhadores já são consequências reais deste impasse.”

O documento pede a reabertura imediata da indústria, comércio e serviços para não terminar de “aniquilar por completo, inclusive, as micro e pequenas empresas, que são grandes geradoras de emprego e renda”.

Clama ainda pela sensibilização da classe política e da elite do funcionalismo público para que reduzam seus salários e direcionem essa economia ao atendimento da população mais vulnerável.

Por fim, solicita que o Coesp e o Ministério Público esclareçam melhor os motivos que os levaram a prorrogar o isolamento social, “com dados técnicos e enfáticos, inclusive, informando qual é a real situação das unidades e equipamentos hospitalares”, e que a Prefeitura de Londrina “se posicione com olhar atento também ao equilíbrio da saúde humana e a saúde econômica do município”.

“Não concordamos que a definição do futuro dos negócios que movem a economia desta cidade seja tomada sem a nossa presença”, conclui o documento.

Assinam o manifesto Acil, Sincoval, Sindimetal, Sociedade Rural do Paraná, Abrasel, Ceal, Sinduscon, TI Paraná, APL TI Londrina, Cintec, Sincovave, Secovi. Secovi Med +, Abigraf e Sigep.