.
. | Foto: Marcos Zanutto

A Sercomtel Telecomunicações deve vender bens para reforçar o fluxo de caixa da empresa. Na segunda-feira (1), a companhia recebeu a autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para comercialização de oito imóveis. São cinco terrenos, em diversas regiões da cidade, e três salas, na região central.

O presidente da Sercomtel, Cláudio Tedeschi, disse que os bens passarão por uma avaliação, que deve demorar em torno de 30 dias, e depois será iniciado o processo de licitação. No ano passado, um dos terrenos com 9.874,82 m² , localizado na avenida Higienópolis, foi avaliado em R$ 19 milhões.

A área é cobiçada pelo mercado imobiliário há algum tempo e já desperta o interesse de investidores. “Se a avaliação for bem-feita, acredito que não terá [Sercomtel} problema para vender. Se a avaliação for pelo valor venal pode ser um bom negócio”, afirmou Rosalmir Moreira, diretor do Secovi Londrina (Sindicato da Habitação e Condomínios – Regional Norte). O valor venal de um imóvel fica entre 30% a 40% abaixo do valor de mercado.

Segundo o presidente do Sincil (Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina), Marco Antônio Bacarin, apesar do mercado imobiliário não estar a todo vapor, os imóveis da Sercomtel são considerados “filés mignons”. Ele acredita em negociação rápida após os bens entrarem no mercado. “O terreno da Higienópolis é único em toda a avenida e com a duplicação da avenida Aminthas de Barros, ele ficará rodeado de duas avenidas”, comentou.

Há um burburinho de que há investidores só aguardando o terreno entrar no mercado para fazer uma oferta. Outro imóvel que deverá ser muito cobiçado será terreno no Alphaville 2 (zona sul), com 12.784,25 metros quadrados. As outras áreas estão menores e estão localizadas nos Jardins Los Angeles (zona leste), Pérola (zona oeste) e Bellevile (zona norte).

A Anatel também ratificou a dispensabilidade para venda de salas comerciais no Shopping Royal Plaza, no Centro Empresarial Newton Câmara e no Complexo Empresarial Oscar Fuganti. Segundo Tedeschi, os imóveis foram desocupados após a empresa reduzi a estrutura.

O diretor do Secovi acredita, que no caso das salas comerciais, o momento está bom como investimentos futuros. “Vai pegar um valor um pouco aquém do mercado, pois há muita negociação. Para o comprador poderá ser um bom investimento”, disse Moreira.

O dono da Raul Fulgêncio Negócios Imobiliários, Raul Fulgêncio afirma que as salas poderão ter uma saída mais difícil. “Hoje todo mundo quer vir para cá (região da Gleba Palhano). O PIB está na Gleba. O morador da Gleba não vai no Centro. Por isso, os prédios mais antigos têm dificuldades maiores para vender”, comentou. A FOLHA procurou a Anatel para comentar sobre a autorização, mas até o fechamento da edição, a agência não havia respondido.