A Sercomtel decidiu prorrogar até o final desta quinta-feira, dia 4 de fevereiro, o prazo para que os funcionários façam a adesão ao Programa de Demissão Voluntária. Inicialmente, o prazo dado pela empresa era até esta terça-feira (2).

Imagem ilustrativa da imagem Sercomtel prorroga programa de demissão voluntária até quinta-feira
| Foto: Gustavo Carneiro/11-11-2020

Segundo a diretoria, a prorrogação se deu em virtude de dúvidas e solicitações de funcionários por mais tempo para analisar a proposta.

“Queremos que o processo seja totalmente transparente e que não haja dúvidas na tomada de decisão. Iremos responder todos os pedidos de informações”, informa o presidente da empresa, Márcio Tiago Arruda. O prazo será finalizado, impreterivelmente, às 17 horas desta quinta-feira.

A Sercomtel iniciou o prazo para adesão no último dia 27 de janeiro, dentro de um processo de reestruturação para que se torne competitiva no mercado.

O plano visa reduzir em 50% o quadro de funcionários da empresa, que passou à iniciativa privada após a compra da companhia no ano passado.

A proposta será será ofertada a todos os 456 empregados ativos.

O processo faz parte do planejamento estratégico da nova administração da telefônica. “O motivo real de incentivar e fazer esse PDV é fazer com que a Sercomtel tenha fôlego para voltar a crescer. Vai haver novas rodadas de investimentos, mas a empresa precisa se adequar ao tamanho que ela é hoje”, mencionou em entrevista recente à FOLHA Márcio Tiago Arruda, diretor de operações do fundo Bordeaux nomeado presidente da empresa no final de dezembro.

A empresa colocou R$ 25 milhões como meta para concluir o processo de demissões. Ao atingir o valor, o PDV será finalizado.

Como o acordo será ofertado a todos os funcionários, independente de cargos e salários, os diretores não puderam afirmar com exatidão quantas pessoas serão impactadas, mas que a proposta deve contemplar metade do quadro de funcionários. “De acordo com as nossas estimativas, isso abrange 50% do quadro, mas depende das pessoas que aderirem, pode ser mais ou pode ser menos”, afirma o presidente.

Segundo o presidente, a empresa deve em torno de R$ 20 milhões para a Anatel, R$ 30 milhões para a prefeitura, que dentro do processo de compra, a dívida seria apagada, e R$ 150 milhões em impostos ao Estado.

“Estamos trabalhando para fazer essa reestruturação da empresa para que ela possa sobreviver”, afirmou.