Imagem ilustrativa da imagem Sercomtel apresenta Plano de Demissão Voluntária nesta segunda
| Foto: Gustavo Carneiro/10-8-2020

A diretoria da Sercomtel marcou coletiva de imprensa para as 9h desta segunda-feira (25) para apresentar seu PDV (Plano de Demissão Voluntária). As incertezas em relação ao futuro dos trabalhadores se arrastavam desde a desestatização da companhia, no dia 18 de agosto do ano passado, quando a telefônica foi arrematada em leilão pelo Bordeaux Fundo de Investimentos, por R$ 130 milhões.

O fundo Bordeaux não antecipou informações sobre o plano. Em entrevista à FOLHA no dia 1º de outubro do ano passado, o consultor do fundo Hélio Costa havia informado que a intenção da nova gestão era manter parte dos funcionários da empresa, porém disse que a decisão dependeria do grupo que assumisse o trabalho no setor de RH (Recursos Humanos).

À época, Costa frisou que a Bordeaux precisaria de pessoas que conhecessem a empresa e destacou a importância de contar com essa experiência para fazer a Sercomtel recuperar o espaço no setor de telecom que se perdeu ao longo dos anos.

Além disso, a Sercomtel travava, até o ano passado, cerca de 400 ações trabalhistas, mas em algumas situações, duas eram de autoria de um mesmo servidor. Exemplo é o caso de um funcionário que moveu uma ação com o pedido de reintegração por entender que o PDV (Plano de Demissão Voluntária) não foi cumprido corretamente, e outra para reclamar horas extras devidas. Em entrevista em outubro, Costa avaliou que o PDV anterior realizado pela Sercomtel foi mal executado.

Após a compra da Sercomtel em agosto, o processo de desestatização ainda seguiu, primeiramente com a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), em 27 de outubro, e foi concluído em 7 de dezembro, com a autorização da Anatel para a transferência do controle acionário. No dia 23 de dezembro, o diretor de operações do fundo Bordeaux, Márcio Tiago Arruda, foi nomeado presidente da empresa.