O sonho da casa própria ganhou uma versão mais moderna com o modelo de incorporação multipropriedade e a ascensão econômica do brasileiro. Quando o assunto é a segunda moradia para lazer e descanso, o sistema de multipropriedade, com legislação aprovada no País em 2018, aumenta o acesso de quem busca um lugar de qualidade para momentos em família.

“A segunda moradia é o sonho do brasileiro. Quando ele começa a ganhar um pouco mais de dinheiro, ele já pensa na casa na beira do rio, na praia ou em uma chácara. Mas, esse sonho tem alguns problemas, principalmente quando o assunto é a manutenção. Na hora que você vai descansar, acaba passando um tempo gastando dinheiro para fazer reparos. O conceito de segunda moradia é muito comum para o brasileiro, agora, o conceito de segunda moradia compartilhada é uma novidade”, comentou Fernando Torres, CEO da CA2A, plataforma de negócios e serviços imobiliários do Grupo SM, controladora do Morro dos Anjos Águas Quentes Hotel Resort e do Tayayá Porto Rico. A incorporadora ainda possui participação relevante no Tayayá Angra Doce e View.

Torres explicou que o conceito é diminuir o tamanho da propriedade conforme o uso de cada dono e utilizar o restante do que seria investido em serviços como, camareira, restaurante, decoração do imóvel e entretenimento. “Quando a pessoa tem uma casa na praia, acaba indo seis, sete vezes por ano e enviando as mobílias mais velhas para o local de descanso. Mas, ele precisa ser dono do apartamento inteiro? O compartilhar permite a questão da ascensão social, com um serviço acima daquilo que poderia ser a experiência do proprietário”, ressaltou.

De acordo com o CEO, o investidor ou proprietário pode adquirir um período de uso do imóvel, o que foi legalizado com a lei de multipropriedade que permite diferentes matrículas para uma residência. “Ou seja, o imóvel é fracionado. Temos chalés divididos em 52 matrículas, sendo que o proprietário tem direito a day use, serviços de qualidade, gastronomia e entretenimento de alto padrão dentro de um resort que tem como alvo atender famílias”, acrescentou.

A entrega do Morro dos Anjos foi confirmada para novembro deste ano com cerca de 200 unidades, sendo que parte das propriedades permanece como ativo do grupo controlador.

O investimento para construção do resort foi de R$ 150 milhões. O empreendimento é 100% horizontal, com chalés de dois tamanhos: para seis pessoas com dois banheiros e chalés para até 10 pessoas. “Os detalhes como espelho grande, dois banheiros e outras surpresas foram planejadas por meio de pesquisas que mostram o que o cliente quer”, lembrou. Uma das novidades é a presença da arquiteta Juliana Meda, responsável pelos projetos dos sofisticados chalés com conceitos inovadores de conforto e tecnologia.

O resort ainda tem a previsão de chegar a 337 unidades, que devem ser construídas em etapas. “Imóvel interessante, serviço de qualidade e uma experiência diferenciada. Vamos replicar isso em outros investimentos.”.

Torres ressalta que a multipropriedade viabiliza uma incorporação detalhada, mais acessível e moderna, que possibilita modular o uso da unidade por tempo e conforme a capacidade de investimento de cada cliente, associado aos serviços que promovam uma experiência com resorts, aqua parks, represas, marinas, boliches, cinemas e outras atrações.

“Nosso cliente é familiar no seu conceito moderno: marido, mulher, a combinação que for, filhos, pais e idosos. Esse modelo de negócios possui uma alta taxa de ocupação e traz um retorno relevante para o investidor com valorização imobiliária, seja no aluguel da residência ou no valor da própria unidade”, avalia.

Questionado sobre as vendas, o CEO respondeu que estão no ritmo esperado e que o grupo trabalha para que as aquisições sejam feitas de maneira consciente. “Neste mercado é normal uma taxa de cancelamento acima de 25%. Pois, o cliente é levado para um lugar, assiste filme, ganha toalha, toma um drink, tocam sininho quando assinam o contrato, mas depois ele cancela. Não estou criticando, mas é um jeito de fazer, mas não é o nosso jeito, que é a venda consciente e, hoje, a nossa taxa de cancelamento é zero”, argumentou.

PARANÁ

O Morro dos Anjos vai aliar o turismo em um resort de qualidade com a experiência de fé dos peregrinos que vão até o Santuário de São Miguel Arcanjo, que recebe entre 500 e 600 mil visitantes por ano.

Segundo a pesquisa da CA2A, a taxa de visitação do público A e AB é muito relevante no Santuário. “Poderia ter atratividade para um low-cost, mas também tem o turista que quer passear, fazer sua experiência de fé, descansar e ter momentos de lazer em família em um resort. Por isso existe essa convergência”, aposta Torres.

Além disso, os resorts do grupo também são muito importantes para economia regional com privilégio aos fornecedores locais em um raio de até 100 km, além da geração de emprego e renda. O Morro dos Anjos vai gerar cerca de 200 empregos diretos ocupados por moradores da região de Bandeirantes.

Torres ainda comentou sobre o potencial turístico do Paraná, estado “friendly” para investimentos, principalmente pelas belezas naturais, culturais e religiosas do interior. “É a hora do Paraná. Esse é um momento bom para investir no estado que tem um consumidor que sabe o que quer.