Ao assumir por mais quatro anos o cargo de chefe do Executivo de Cambé (Região Metropolitana de Londrina), em 1º de janeiro, o prefeito reeleito Conrado Scheller (PSD) assume também a presidência da Amepar (Associação dos Municípios do Médio Paranapanema).

Scheller foi eleito para substituir Sérgio Onofre da Silva, que acaba de encerrar seu mandato de prefeito de Arapongas, e ficará à frente da entidade no biênio 2025-2026. Para os próximos dois anos, o prefeito de Cambé planeja reestruturar a associação. “No modelo em que se encontra, não conseguimos conhecer os problemas dos municípios e suas prioridades.”

Por reestruturação entende-se reforçar a equipe técnica da Amepar. Quando compara a estrutura da Amepar com outras entidades representativas de municípios, Scheller aponta diferenças que implicam desvantagens. “Todos os prefeitos que passaram antes deram sua contribuição, mas é inegável que precisamos avançar mais para conhecermos as prioridades dos municípios.“

Entre os técnicos com os quais ele pretende atuar, estão arquitetos, engenheiros e especialistas em tributação. “A gente vai ter que encontrar um caminho para que a Amepar possa fazer essa análise com os prefeitos, que irão se reunir, debater e diagnosticar os problemas e elencar as suas prioridades. A Amepar, hoje, pelos quadros dela, acaba tendo só um conselho de prefeitos. Precisamos ter uma qualificação técnica ali dentro para que ela possa ajudar a desenrolar os problemas comuns da cidade“, disse Scheller.

Em reunião com todos os 22 prefeitos das cidades que compõem a Amepar, Scheller espera ouvir propostas que apontem a direção para a qual a associação deverá caminhar a partir de 2025.

“As cidades menores têm uma dificuldade maior de desenvolver projetos, elas sofrem mais. Se as prioridades dos prefeitos forem a questão dos projetos, de infraestrutura ou estrutura viária, o planejamento estrutural da cidade, a gente vai ter que desenvolver um caminho, contratando ou terceirizando. Vamos estruturar a Amepar no sentido de que atenda a demanda de cada município“, afirmou.

REFORMA TRIBUTÁRIA

Outra preocupação que faz parte das discussões dos chefes do Executivo dos municípios da região é a Reforma Tributária e os impactos que ela poderá causar aos cofres públicos, uma vez que as mudanças no cálculo dos tributos poderá gerar perdas na arrecadação. Nesse sentido, apontou Scheller, o primeiro passo é atuar para aumentar o nível de informação a respeito do tema.

“Nem o relator da matéria consegue explicar para os prefeitos, hoje, como vão ficar, exatamente, os dividendos das prefeituras para o futuro“, afirmou o presidente eleito. “O que se fala, hoje, e o que a gente tem escutado, com os técnicos dos departamentos jurídico e tributário dos municípios, é que as mudanças vão prejudicar algumas cidades que arrecadam e o recurso não vai ficar no município.“

Nesse debate, Scheller pretende incluir os parlamentares eleitos com os votos da região. “Vai ter que fazer um grupo de estudo. Quero reunir todos os prefeitos, trazer um técnico das prefeituras também. Que a gente faça logo no começo do ano um grande debate de concentração de informação. Queremos trazer os deputados federais que vêm pegar votos aqui na Região Metropolitana de Londrina, no Norte do Paraná, e exigir que esses deputados façam a representação das prefeituras nas quais eles têm votos.“