Revendedores alegam concorrência
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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2001
Benê Bianchi De Londrina
A dança do sobe e desce dos preços da gasolina, em Londrina, continua. Está uma loucura, resume o proprietário do Posto Moringão, Sérgio Senise. As revendedoras alegam descontos dados pelas distribuidoras para justificar a queda do preço na bomba.
Ontem, o Posto Samuara, de bandeira Ipiranga, baixou o preço do litro da gasolina de R$ 1,48 para R$ 1,45. O gerente José Carlos de Luza, explica que tanto o estabelecimento quanto a distribuidora abriram mão de parte do lucro para poder enfrentar a concorrência. A nossa margem de lucro, por litro, está em R$ 0,06. Não dá para pagar as despesas do posto, mas se não baixarmos acabamos perdendo clientes, comenta.
No Posto Moringão (Texaco), o proprietário continua praticando o preço de R$ 1,59. Mas o preço justo, para podermos trabalhar com uma margem de lucro em que todos ganhassem sua parte, sem prejuízos, teria de ser R$ 1,65 o litro, ressalta. Desde que os preços começaram a oscilar com mais frequência que ele calcula ter ocorrido há cerca de 90 dias Senise contabiliza uma queda de 10% no movimento de seu posto. O que está ocorrendo em Londrina é um suicídio, diz ele.
Dirceu Faquim, do Auto Posto Avenida (BR), comenta que o preço do combustível tem oscilado de acordo com o poder aquisitivo do revendedor. Se temos cacife para pagar à vista, o preço é menor e podemos repassar o desconto ao consumidor. No posto que gerencia, o preço da gasolina oscila entre R$ 1,79 para compra a prazo, e R$ 1,49 para preço à vista.