Retomada econômica e Plano Diretor serão prioridades da Acil, diz presidente eleita
Presidente do grupo Dela Foods, Márcia Manfrin foi eleita para liderar a Acil pelos próximos dois anos; posse oficial acontece nesta sexta, às 9h
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Presidente do grupo Dela Foods, Márcia Manfrin foi eleita para liderar a Acil pelos próximos dois anos; posse oficial acontece nesta sexta, às 9h
Simoni Saris - Grupo Folha
A empresária Márcia Regina Vieira Mocelin Manfrin, 52, será a primeira mulher a presidir a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) desde a fundação da entidade, há 83 anos. Ela foi eleita para o cargo em novembro, ao concorrer em chapa única, e irá liderar a entidade pelos próximos dois anos, tendo ao lado, como vice-presidente, o atual diretor Micro e Pequeno Empresário da Acil, Hélio Terzoini. A posse oficial está marcada para as 9h desta sexta-feira (26).
No período de 2019-2020, Manfrin ocupou a vice-liderança da Acil - cargo também exercido pela primeira vez na história da Acil por uma mulher -, ao lado de Fernando Moraes, recém-eleito para presidir a Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) pelos próximos dois anos.
Manfrin tem um histórico impressionante no mundo dos negócios. No início da década de 1990, fundou em Londrina uma empresa, na qual vendia 13 refeições por dia. Mais de 30 anos depois, preside o Grupo Dela Foods, que conta com seis empresas, cinco indústrias e a Apetit Serviços de Alimentação, organização de refeições corporativas, responsável pela alimentação de mais de 140 mil trabalhadores em 11 estados brasileiros, geradora de dois mil empregos diretos e que há alguns anos figura na lista das grandes melhores empresas do Paraná para se trabalhar, ranking elaborado pela consultoria global GPTW (Great Place To Work). “Isso nos motiva a continuar investindo cada vez mais na cidade de Londrina e nada mais justo do que retribuir tudo o que Londrina me ofereceu ao longo desses anos, onde ela me acolheu, me permitiu aqui formar a minha família, trabalhar e agora, devolver, por meio do associativismo, tudo aquilo que eu recebi.”
Chegar à presidência da Acil, afirma ela, é “um grande orgulho”. “Essa entidade de 83 anos que exerce um papel extraordinário para a cidade bem como para o Paraná. Sabemos da responsabilidade que temos frente a essa entidade tão respeitada e sabemos também da nossa capacidade em fazer gestão. Temos uma diretoria técnica e capacitada que fará, certamente, um biênio fantástico, com inovação e grandes resultados.”
O fato de ser mulher, destaca Manfrin, em nada muda a competência necessária para atuar à frente da associação, assim como a força e a coragem para ocupar essa posição. “Sei do meu potencial em liderar, estar à frente de grandes empresas e, dessa forma, farei o meu melhor para que a Acil venha crescer e se desenvolver gerando valor aos seus associados.”
A prioridade de sua gestão, adiantou a presidente eleita, é a retomada econômica, para que as empresas se instalem em Londrina, fortalecendo o comércio e a indústria, elevando a produção e gerando postos de trabalho e riqueza para o município. “Essa é a nossa prioridade enquanto associativismo para que nós tenhamos um futuro mais sólido e mais promissor para a cidade de Londrina”, destacou.
Entre os desafios que encontrará na sua jornada, ela pontua como o principal deles a aprovação do Plano Diretor em parceria com a prefeitura e Câmara de Vereadores. Com o plano aprovado, ressaltou Manfrin, será possível aprovar as leis complementares que irão reduzir a burocracia e tornar a cidade mais ativa para a atração de talentos.
A pandemia do novo coronavírus também trouxe dificuldades aos empresários e à economia e a retomada do desenvolvimento econômico, afirmou Manfrin, irá depender de inovação, criatividade e desburocratização. "Atrair novos negócios, comprar de empresas da cidade de Londrina, isso faz com que o dinheiro gire e nós voltemos a trazer novos postos de trabalho e garantir a continuidade das empresas locais.” A presidente eleita também considera fundamental a continuidade do processo de reforma tributária e reforma administrativa para que “possamos ver uma luz no fim do túnel e assim, retomar a economia”.