A Justiça Federal ainda não nomeou o magistrado que ficará responsável por acompanhar o processo de desapropriação das áreas da face norte do Aeroporto Governador José Richa. "Estamos aguardando a nomeação do juiz que vai intermediar o acordo entre o município e os moradores", afirmou o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi.

Imagem ilustrativa da imagem Retomada de desapropriações em Londrina depende de nomeação de juiz
| Foto: Arquivo Bonde



Veronesi garantiu que o poder público já tem os "laudos e as avaliações" dos terrenos que vão ser desapropriados. "Quando nomeado, o juiz vai convocar os moradores, mostrar as avaliações, esperar pela aceitação deles e fechar o acordo", explicou.

O presidente da Codel explicou que o município precisa do acordo fechado para liberar os R$ 30 milhões já reservados pelo Governo do Paraná. "O Estado se comprometeu a enviar o dinheiro para Londrina, mas só após as negociações".

O processo de desapropriação da face sul do aeroporto foi acompanhado pelo juiz Gilson Luiz Inácio. "Esperamos que ele volte a ser nomeado agora por conta de sua experiência com todo o trâmite", afirmou Veronesi.

Ao Bonde, o juiz afirmou que não é mais o diretor do Foro da Justiça Federal em Londrina. "O que a prefeitura pode fazer é dar andamento ao processo e ir propondo as ações. A Justiça está aqui para analisá-las", afirmou, referindo-se aos colegas de outras varas federais.

Inácio admitiu, entretanto, que o município quer que ele fique à frente do processo, justamente por conta de sua experiência com as desapropriações com os terrenos da face sul do aeroporto. "Dependo de uma autorização do Tribunal (Regional Federal da 4.ª Região)", afirmou, mas sem estipular prazos para o desfecho do impasse.

A prefeitura pode enviar um ofício ao TRF4 pedindo a nomeação do magistrado. "Como o dinheiro ainda não foi enviado, o município precisa dos acordos para obtê-los", completou Inácio.

Aeroporto

As áreas, após desapropriadas, serão doadas ao Governo Federal. A Infraero precisa dos terrenos para continuar com as obras de ampliação do Aeroporto Governador José Richa.

A entidade pretende investir R$ 80 milhões no terminal até 2018. Entre as melhorias previstas destacam-se a ampliação da pista, a reforma das salas de embarque e desembarque, reparo do muro perimetral e a tão aguardada instalação do ILS.