Após 20 dias de paralisação e tratativas, a Renault Brasil e as centrais sindicais chegaram a um acordo, uma proposta para adequação necessária com os colaboradores e a montadora. Com o diálogo transparente feito pela interlocução da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, o acordo firmado implica na readmissão imediata dos 747 trabalhadores, manutenção dos empregos e um pacote salarial de quatros anos que inclui a data base, com vigência de setembro de 2020 a agosto de 2024, entrar em lay-off (redução temporária dos períodos normais de trabalho) pelo prazo inicial de 5 meses após o processo de reintegração ou retomar as atividades na produção, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e abono salarial. As informações são da Agência Estadual de Notícias.

Manifestação recente dos funcionários na unidade da Renault, em São José dos Pinhais
Manifestação recente dos funcionários na unidade da Renault, em São José dos Pinhais | Foto: Divulgação-Simec

A votação da proposta foi aprovada com 97,96% pelos trabalhadores nesta terça-feira (11), em assembleia online. Com isso, os colaboradores voltam ao expediente normal a partir desta quarta-feira (12) com exceção dos trabalhadores readmitidos que ficarão em casa, mas recebendo salário, até que seja concluído o PDV (Plano de Demissão Voluntária), no dia 20 de agosto.

“Por determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, o processo de diálogo, durante este período, entre sindicatos e demais representantes da Renault Brasil, foi tratado de forma transparente até que se chegasse a um acordo que gerasse estabilidade a classe com geração de empregos e renda”, explicou o secretário Mauro Rockenbach, que acompanhou diariamente as tratativas.

“Sempre estivemos abertos ao diálogo. As bases do acordo coletivo aprovado respondem aos desafios de adequação de estrutura e de competitividade que a empresa já vinha buscando, com soluções como o PDV, flexibilidades, além de todos os aspectos de competitividade definidos até agosto de 2024”, afirma Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, apesar de difícil, se conseguiu estabelecer uma negociação com a Renault e desenvolver uma proposta que garantisse a readmissão dos trabalhadores e um compromisso de manutenção dos empregos, que tem sido a maior luta do Sindicato atualmente. “Para que fosse possível, apresentamos diversas alternativas que possibilitam tanto os empregos como as demandas da empresa. O que importa é o trabalhador poder ter mais tranquilidade para desenvolver sua função e produzir melhor”.