O presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, anunciou ontem um plano de reestruturação da empresa, que começará a ser implementado a partir de 1º de novembro. A expectativa é de que a mudança seja feita ao longo dos próximos seis meses, tornando a empresa mais ágil no novo cenário sem o monopólio e proporcionar maior fôlego para competir com as concorrentes no mercado nacional e internacional.
Agora, os funcionários serão cobrados pelos resultados e será possível saber exatamente o desempenho de cada área de negócio. O modelo anterior só permitia uma visão geral do negócio, com resultados médios apurados pela soma de bons e maus desempenhos. ‘‘Seremos uma empresa mais leve e competitiva’’, disse Reichstul.
A Petrobras passou a ser dividida em quatro áreas de negócios – exploração e produção; abastecimento; gás e energia e internacional –, que vão reunir 40 unidades de negócios; e duas unidades de apoio, a financeira e a de serviços. Além dessas áreas de negócios e de apoio, ligadas a diretores, a nova estrutura contará ainda com sete unidades corporativas ligadas diretamente ao presidente da estatal: as recém-criadas estratégia corporativa e gestão de desempenho empresarial e as de saúde, meio ambiente e segurança; novos negócios; comunicação institucional; jurídico; e recursos humanos.
Haverá redução de nove cargos para oito na Petrobras como um todo e de quatro níveis para apenas três na sede da companhia. Reichstul garantiu, porém, que ninguém perderá o emprego, mas poderá perder parte do salário, deixando de adicionar o porcentual de cargo de chefia. Com a mudança, haverá um pequeno aumento de gastos – 0,37% da folha de pagamento, que é de R$ 2,6 bilhões ao ano. A boa notícia para os 34 mil funcionários é que será criado um sistema de bonificação, com o cumprimento de metas de negócios e metas ambientais.
Bandas A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai acionar o mecanismo de banda de preços e implementar as mudanças necessárias na produção, possivelmente, no final da semana, de acordo com um delegado da Opep não-identificado pela agência Dow Jones. Segundo ele, o cartel está pronto para acionar o mecanismo de banda de preços caso o petróleo não caía abaixo de US$ 28 por barril até a próxima sexta-feira.