Refeição coletiva deve subir 12%
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terça-feira, 26 de junho de 2001
Agência EstadoDe São Paulo
A Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc) pretende reajustar seus preços em 12% na renovação de cada contrato. Não podemos arcar com os custos considerando que a matéria-prima sofreu fortes reajustes, afirma o diretor superintendente, Antonio Guimarães.
Pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP demonstra que os principais grupos de alimentos que entram na composição das refeições registraram aumentos superiores à inflação entre abril de 2000 e abril de 2001. No período, os cereais subiram em média 40,0%, frutas 28,6%, hortigranjeiros 20,1%, peixes 15,1%, laticínios 14,4% e a carne bovina com 11,7%. Por produtos, o campeão de alta no período foi o feijão, que em doze meses subiu 80%.
A Aberc emprega 150 mil funcionários diretos, consome diariamente um volume de 2,5 mil toneladas de alimentos e representa para os governos uma receita de R$ 1 bilhão/ano entre impostos e contribuições.
Para 2001 o setor projeta uma faturamento bruto de R$ 3,9 bilhões, ante R$ 3,4 bilhões obtidos no ano passado, servindo mais de 5 bilhões de refeições. Das quase 5 milhões de refeições previstas para 2001 cerca de 4,5 milhões, são fornecidas pelas 112 empresas prestadoras de serviço filiadas a Aberc, que juntas responsabilizam-se por 80% do volume desse mercado e pelo emprego de 150 mil pessoas.