Recursos do governo para a Ciência animam secretários
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quinta-feira, 08 de março de 2001
Os secretários de Ciência e Tecnologia do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão otimistas com os investimentos de cerca de R$ 1,8 bilhão que o governo federal vai disponibilizar para políticas voltadas ao setor, este ano, em todo o País. Em 2000, o Ministério da Ciência e Tecnologia destinou R$ 900 milhões para os Estados. O aumento da verba é consequência da aprovação do projeto que criou fundos setoriais, pelo Congresso Nacional.
Discussões sobre políticas públicas desenvolvidas pelas secretarias estaduais do Sul e Sudeste, bem como a aplicação dos recursos que serão repassados pelo governo federal estão em discussão no Fórum Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência e Tecnologia, que começou ontem em Curitiba. Hoje, o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg participa do evento.
Queremos integrar Estados e Ministério, através da distribuição dos fundos setorias, conforme a necessidade dos Estados e municípios, disse o presidente do Fórum Nacional de Secretarias, Wanderley de Souza. Segundo ele, a distribuição do dinheiro será feito de acordo com a apresentação das políticas públicas voltadas para o setor, durante o encontro. O volume de recursos para os fundos setoriais está mudando o panorama da ciência e tecnologia no País, completou.
O secretário de Ciência e Tecnologia do Paraná, Ramiro Warhraftig, pretende conseguir R$ 70 milhões para o Estado este ano. Nunca tivemos momentos tão positivos. Em 95 o Paraná investiu na capacitação de 453 doutores. Em 2000, esse número saltou para 1,1 mil. Com mais recursos poderemos capacitar um número bem maior de professores, disse.
Para o diretor-técnico científico de Santa Catarina Paulo de Tarso Mendes os resultados para o setor não foram efetivos até o ano passado porque os recursos eram insuficientes. Agora poderemos investir em pesquisas. Essa ênfase que o ministério está dando para a regionalização é importante. Assim os Estados conhecem os principais problemas e definem, em conjunto, o que é prioridade para o Brasil.
A meta do secretário de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Nelson Fugimoto, é conseguir R$ 8 milhões do sistema de fundos setorias para investir no programa PetroRS. É uma parceria entre o setor que produz petróleo. Cerca de 180 empresas fornecedoras irão participar, explicou.