A reciclagem de papelão ondulado no País já alcança o índice de 72%, um dos mais elevados do mundo, segundo o presidente da Associação Brasileira de Papelão Ondulado (Abpo), Paulo Sérgio Peres. Ele acredita que esse índice ainda vai crescer mais. No ano passado, a produção de embalagens de papelão ondulado cresceu 3,74% e atingiu 1,6 milhão de toneladas. A expectativa de expansão para este ano é de 6%.
Peres entende que as perdas elevadas no setor de alimentos no País, que chegam a cerca de 30%, devem-se à utilização de embalagem inadequada, além de transportes também inadequados. ‘‘Nos países onde há uma predominância da utilização de papelão ondulado na embalagem, as perdas não ultrapassam 5%. Na fruticultura o setor tem obtido resultados satisfatórios. No ano passado, 4% das vendas de embalagens de papelão ondulado, cerca de 67 mil toneladas, destinaram-se a este segmento, registrando um aumento de 58,4%, comparado a 98. ‘‘Em outros países a expedição destinada a fruticultura pode chegar a 20%. Ainda temos muito a progredir’’, disse Paulo Sérgio Peres.
O empresário disse que entre as vantagens da utilização de papelão, há a possibilidade de utilização do marketing visual, já que a impressão flexográfica permite, hoje, uma apresentação final muito mais próxima daquela que se obtém no processo off-set utilizado na impressão do papel e ou cartão. ‘‘O tratamento de impermeabilidade dado ao papelão, tornando-o resistente à umidade e a baixas temperaturas, garante maior integridade dos artigos transportados’’, afirmou.
Para mostrar suas qualidades a Abpo estará com um estande na Feira Internacional de Horticultura e Fruticultura, no Expo Center Norte, a partir do dia 24 deste mês.