Quatro frigoríficos paranaenses são autorizados a exportar para a China
De cinco plantas paranaenses que pleiteavam o comércio exterior, quatro receberam a habilitação do país asiático
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terça-feira, 12 de março de 2024
De cinco plantas paranaenses que pleiteavam o comércio exterior, quatro receberam a habilitação do país asiático
Reportagem local
Quatro dos cinco frigoríficos paranaenses que passaram por inspeção do governo chinês em janeiro receberam, nesta terça-feira (12), habilitação para exportar para o país asiático. As plantas recém-habilitados são a Avenorte Avícola, de Cianorte; Plusval Agroavícola Ltda, de Umuarama; Cotriguaçu Cooperativa Central, de Cascavel; e Seara Alimentos, de Santo Inácio. Apenas a Frangos Pioneiro, de Joaquim Távora (Norte Pioneiro), não recebeu o aval para vender para os chineses.
Em todo o país, foram concedidas 38 habilitações, incluindo oito abatedouros de frango, 24 abatedouros de bovinos, um estabelecimento bovino de termoprocessamento e cinco entrepostos, algo inédito com o comércio da China , dos quais um é de bovino, três de frango e um de suíno. Parte dos estabelecimentos foi auditado remotamente em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro de 2023. As equipes técnicas chinesas foram recebidas e acompanhadas por representantes do Mapa.
As novas habilitações elevaram de 106 para 144 o número de estabelecimentos brasileiros autorizados a exportar para a China. “Esse é um momento importante para os dois lados. A China que vai receber carnes de qualidade com preços competitivos, garantindo produtos a sua população, e ao Brasil a certeza de geração de emprego, oportunidade e crescimento da economia brasileira. É um dia histórico na relação comercial Brasil-China, um dia histórico para nossa agropecuária”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) que acompanhou o processo de autorização das plantas junto ao governo chinês e ao Ministério da Agricultura e Agropecuária, destacou os esforços da política internacional e o diálogo do governo federal para retomar as relações comerciais com a China, maior comprador de produtos brasileiros. "O Brasil abriu muitos mercados internacionais. O presidente Lula viajou o mundo, e eu acompanhei por exemplo as viagens à China. Vários frigoríficos estão sendo habilitados. Isso significa mais emprego num momento único para a venda da proteína brasileira", disse o deputado.
A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango, se destacando como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 8,8 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 23,5 bilhões.
Fim do Antidumping
Recentemente, após a atuação do governo brasileiro, a China notificou o Brasil sobre a não renovação da medida antidumping que vinha sendo aplicada desde 2019 às exportações brasileiras de carne de frango. A medida, que impunha uma sobretaxa variando entre 17,8% e 34,2% conforme a empresa exportadora, deixou de vigorar no dia 17 de fevereiro.
Com o fim da decisão, as exportações de frango do Brasil se tornaram mais competitivas no mercado chinês, criando também oportunidades para outros produtores brasileiros. Mesmo com frigoríficos habilitados, os produtores não conseguiam competir efetivamente devido aos direitos antidumping que eram impostos.