Uma família de quatro pessoas dificilmente consegue passar um dia na Expo com menos de R$ 350. Essa é a soma das entradas, de dois brinquedos, uma água, um lanche e um doce para cada um, considerando os preços médios do parque. Se, por um lado, a feira faz a alegria de muitos londrinenses, de outro, não agrada o bolso. Por isso, a reportagem da Folha foi até o Parque Ney Braga na última quinta-feira (7) observar os preços e escutar o que os londrinenses têm a dizer a respeito.

Imagem ilustrativa da imagem Quanto custa passear na Exposição?
| Foto: Roberto Custódio

Pamela Oliveira, que foi ao parque com os pais e a filha de três anos, já havia gastado mais de R$ 500. Foram três entradas, lanche e bebida para todos e dois brinquedos. Ainda que o gasto estivesse dentro do previsto, Pamela achou os valores um pouco altos. “ um pouquinho caro, sim. Principalmente o valor da água”, pontua.

Os preços são bastante parecidos em todo o parque. As bebidas, principal alvo das reclamações, custam entre R$ 6 e R$ 8, respectivamente, para água e refrigerante ou cerveja. Em alguns estabelecimentos, um copo de suco de laranja é R$ 8 e chope custa, no mínimo, R$ 15.

“Acabamos de chegar e já gastei R$ 120. Com a entrada, uma diversão nos brinquedos e os crepes”, conta Luis Fernando da Silva, que estava no parque com a esposa, Alessandra Iurak, e a filha Iana. “Os brinquedos até que estão dentro do que se vem pagando nos outros lugares. Agora, a alimentação está o dobro do que você encontra lá fora”, completa ele.

A batatinha clássica de feira, assim como a pipoca, custam R$ 10 e R$ 20, conforme o tamanho. O espetinho não sai por menos de R$ 10, o crepe é pelo menos R$ 15 e os churros ficam cerca de R$ 12. Já os sanduíches custam a partir de R$ 20-22, podendo chegar até R$ 40, se a pessoa escolher um x-costela ou picanha. O tradicional lanche de pernil é R$ 25.

Como publicado pela Folha na última segunda (4), as entradas inteiras do parque variam entre R$ 12 e R$ 18, dependendo do dia da semana. Crianças com mais de seis anos, estudantes e algumas outras categorias pagam meia. Para quem não está disposto a pagar o preço dinâmico dos aplicativos de transporte, os estacionamentos variam entre R$ 20 e R$ 50. Quanto mais caro, menos a pessoa precisa andar até o portão da Expo.

No parque de diversões, todos os brinquedos custam R$ 10 e apenas a roda-gigante sai por R$ 15. Rogerio e Vilma Fabril levaram suas três filhas, Luana, Maria Julia e Laura, de 16, 9 e 2 anos, para passear. “Não comemos e nem bebemos nada até agora. Só nos brinquedos com as crianças”, conta a mãe. O pai acrescenta: “Só de entrada foram R$ 63. De brinquedo já foram R$ 120”. A família se planejou para gastar até R$ 300. Embora a vontade seja dar tudo para as filhas, é necessário controlar os gastos. “Se for dar tudo que elas querem, saio daqui liso”, conta o pai. A mãe, contudo, olha para as filhas nos brinquedos: “Ver a alegria delas não tem preço”.

Os preços da Expo são salgados não apenas para quem compra, mas também para quem vende. Enquanto a reportagem estava no parque, alguns trabalhadores e comerciantes, que preferiram não gravar entrevista, disseram que recebem as bebidas de forma consignada, retendo cerca de 10% do valor da venda. Em outro estabelecimento, uma vendedora disse que o aluguel para uma barraquinha, durante dez dias de evento, é de R$ 17 mil reais.

Segundo a assessoria da SRP, há mais de 500 espaços para locação distribuídos nos 19 alqueires de parque, o que torna os aluguéis bastante variáveis. Não há um valor fixo, porque a localização também influencia. Há uma empresa contratada para fornecer bebidas para todos os estabelecimentos, diante da alta demanda. A SRP, contudo, não tabela os preços.

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