Projeto visa ampliar produção de mel no Norte Pioneiro
Iniciativa encapada pelo Sebrae e parceiros aposta na capacitação de produtores da região para gerar maior desenvolvimento
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 13 de setembro de 2024
Iniciativa encapada pelo Sebrae e parceiros aposta na capacitação de produtores da região para gerar maior desenvolvimento
Reportagem local
Um projeto encapado pelo Sebrae Norte Pioneiro e órgãos parceiros, como o IDR-PR, aposta na profissionalização da apicultura em pequenas propriedades da região para gerar maior desenvolvimento territorial aliado ao desenvolvimento sustentável.
Com apicultores em todos os municípios da região, a ideia é desenvolver ações integradas que resultem na criação de um ambiente favorável para os produtores. O estímulo ao associativismo, suporte para capacitação e até caravanas para conhecer a produção de mel em outros centros onde a cultura está em um grau de desenvolvimento considerado avançado fazem parte do leque de iniciativas realizadas.
Para o consultor do Sebrae Norte Pioneiro, Odemir Capello, uma cadeia do mel devidamente estruturada teria condições de contribuir significativamente para a ampliação da renda de centenas de produtores em toda região.
“O objetivo desse projeto é ter o mel como um importante aliado ao desenvolvimento sustentável do Norte Pioneiro. Temos na profissionalização da apicultura uma expectativa alta. Então é criar um processo dentro de todo um contexto que já tem sido trabalhado na região com produtos diferenciados para gerar sustentabilidade e desenvolvimento territorial”, explica o consultor.
“Temos produtores de mel em todos os municípios da região. Precisamos potencializar essa produção, estruturar e organizar nossos produtores. Já nessa Ficafé e Feira Sabores vamos ter um espaço muito bom destinado ao mel e acreditamos bastante nesse projeto”, completa.
CARAVANA
Há alguns dias o Sebrae formou uma caravana de apicultores e produtores interessados em ingressar no projeto para visitar cooperativas e associações ligadas à produção de mel localizadas na região Oeste do Paraná.
Lá os visitantes puderam entender como os trabalhos em torno do associativismo consolidaram a produção, além de conhecer técnicas em todo o processo da cadeia, estruturas montadas para o beneficiamento e estratégias de venda, entre uma série de aprendizados e trocas de experiências.
“Essa caravana trouxe bastante conhecimento e até mais ânimo para nossos produtores. Puderem conhecer organizações que funcionam e muito bem, puderem entender todo o processo e ver que é possível aqui no Norte Pioneiro também ter esse nível de desenvolvimento”, avalia Odemir.
LUZ NO FIM DO TÚNEL
Para o apicultor e produtor rural Moacir dos Santos, do município de Congonhinhas, a iniciativa é uma “luz no fim do túnel”, de acordo com palavras do próprio, uma vez que vem para trazer suporte a uma cultura sem maiores incentivos até então.
“O potencial do mel na nossa região é grande, mas eu e vários outros produtores nunca conseguimos desenvolver muito por falta de apoio mesmo. Agora tem essa luz no fim do túnel”, avalia.
“O Sebrae tem ajudado muito, muito mesmo. Estamos entendendo coisas que nunca ninguém tinha explicado, já estamos trabalhando na criação na associação, fazendo viagens para conhecer outros apicultores e aprendendo mesmo a trabalhar de um jeito que dê pra ter lucro e melhorar as coisas”, comemora.
Visão similar tem o também apicultor e secretário municipal de Agricultura de Ribeirão do Pinhal, José Donizete Mantoan. “Expectativa minha como secretário e como produtor é bastante grande. É um produto que ocupa pouca mão de obra e vai incrementar uma renda muito boa, gerando um orçamento a mais, o que é muito importante principalmente para o pequeno produtor”.
Manton ainda cita os exemplos vistos nas viagens e o incentivo em trabalhar o associativismo. “A gente já tem um tempo nessa luta e agora com o Sebrae dando suporte as coisas estão andando muito bem. Eu acredito que existe potencial para aumentar o nível de eficiência na produção, como já vimos em outros lugares, e sempre trabalhando com associativismo e suporte técnico. São coisas que vão ajudar muito os produtores e acabam ajudando também os municípios, com a circulação de mais renda”.(Com Assessoria)