A produção de celulose do Brasil (em volume) recuou 5,1% no acumulado do ano até setembro em relação ao mesmo período de 2018, somando 15 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, 8, pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). Na mesma base de comparação, as exportações do insumo registraram leve queda de 0,4%, somando 11 milhões de toneladas vendidas.

Somente no mês de setembro a produção diminuiu 9,1% em relação ao informado um ano antes, para 1,632 milhão de toneladas, enquanto as exportações recuaram 9,5%, somando 1,028 milhão de toneladas.

O consumo aparente de celulose caiu 14,1% no acumulado do ano, para 4,237 milhões de toneladas. Em setembro, apenas, a queda no consumo aparente ficou em 7,5% no comparativo anual, para 671 mil toneladas.

Nos primeiros nove meses de 2019, a produção de papel atingiu 7,8 milhões de toneladas, apontando acréscimo de 1% ante igual período do ano anterior, com destaque para os segmentos de papel para fins sanitários (com alta de 6,6%) e papel cartão (avanço de 2,3%). Na mesma base de comparação, as exportações de papel (em volume) apresentaram expansão de 7,9%, para 1,6 milhão de toneladas. No mercado doméstico, as vendas de papel caíram 0,8% no comparativo de janeiro a setembro, totalizando 4 milhões de toneladas.

Já as vendas de painéis de madeira (em volume) no mercado doméstico cresceram 0,5% entre janeiro e setembro ante igual período do ano anterior, para 5 milhões de metros cúbicos. As exportações desse insumo, que tem a América Latina como principal destino, diminuíram 9,3% na mesma base de comparação, para 870 mil metros cúbicos.

Balança Comercial

As exportações de produtos florestais somaram US$ 7,752 bilhões nos primeiros nove meses de 2019, indicando queda de 2,8% frente ao mesmo período do anterior. Em valores, as exportações de celulose caíram 3,7% na mesma base de comparação, somando US$ 6,049 bilhões, as de papel aumentaram 2,4%, para US$ 1,5 bilhão, e as painéis de madeira diminuíram 12,8%, somando US$ 197 milhões.

Como resultado a balança comercial do setor fechou o período com um saldo positivo de US$ 6,948 bilhões, 2,8% inferior ao registrado nos primeiros nove meses de 2018. A representatividade da balança do setor, que em junho estava em 5,1%, diminuiu para 4,6% do total das exportações brasileiras. As exportações de celulose para a China - o mais importante destino do setor de celulose brasileiro - diminuíram 1,6% no mesmo comparativo, para US$ 2,585 bilhões (FOB).