Produção de álcool
será debatida
hoje em Maringá

Marco Zanatta
De Maringá

A safra 2000/2001 da cana-de-açúcar, que começa a ser colhida em maio próximo, será o tema de um encontro hoje e amanhã em Maringá, reunindo técnicos e dirigentes de usinas do Paraná, Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo. O evento será aberto hoje às 8h30 no Hotel Deville, onde serão realizados todos os trabalhos até amanhã de tarde. Para a safra que se inicia a realidade é bem diferente dos últimos anos. Os produtores não enfrentam mais o excedente de álcool que marcou o setor até a última safra.
Outra mudança a ser debatida é a redução da área cultivada com cana-de-açúcar, especialmente no centro-sul, onde se concentra a cultura. A forte estiagem e a descapitalização das usinas – que deixaram de investir na fertilização das lavouras, devem provocar uma quebra de pelo menos 45 milhões de toneladas. Volume que representa 18% da previsão de colheita, em torno de 213 milhões de toneladas.
Considerando que 51% da matéria-prima é destinada à produção de açúcar e 49% para o álcool, a previsão é uma quebra de 2,92 milhões de toneladas de açúcar e 1,79 milhões de litros de álcool. Segundo especialistas do setor, a produção (13,5 milhões de toneladas de açúcar e 10,4 milhões de litros de álcool), serão insuficientes. Apenas o mercado interno consome 7,2 milhões de toneladas de açúcar e 14 bilhões de litros de álcool. As usinas vão discutir a possibilidade de reduzir a produção de açúcar, diminuindo também as exportações, para ampliar o volume de álcool.