No Brasil, as pesquisas voltadas para o desenvolvimento de tecnologia para reduzir as perdas nas colheteitas foram iniciadas na safra 1978/79. ‘‘Nesta época foi realizado o primeiro levantamento detalhado dos níveis de perdas na colheita mecânica da soja’’, lembra o pesquisador. A Embrapa-Soja, com apoio da Ocepar, realizou estudo em mais de 50 lavouras do Paraná, avaliando os níveis de perdas.
Costa afirma que ao longo dessas 18 safras, a tecnologia desenvolvida pela Embrapa-Soja conseguiu reduzir consideravelmente as perdas na colheita. ‘‘No início da pesquisa, o Paraná registrava perda de 4 sacas/ha. Hoje, a média do Estado é de 1,2 sc/ha’’, comenta. No Brasil, a média de perdas na colheita da soja está em 2,0 sc/ha. ‘‘Neste período, o Paraná deixou de perder cerca de R$ 1,8 milhão’’, diz.
Este avanço foi conquistado graças ao desenvolvimento, pela Embrapa-Soja, de uma tecnologia simples: o copo medidor de perdas e de produtividade. Com o copo, o produtor pode monitorar durante a colheita quanto de soja está ficando no solo. ‘‘Quando o produtor detecta que as perdas estão acima dos níveis toleráveis (1 saca/ha), ele pode tomar medidas imediatas para reduzi-las’’, comenta.
Outra ação que vem permitindo a redução das perdas, é o treinamento de produtores e operadores realizado em conjunto pela Embrapa-soja e Emater-PR. Costa observa que em Cambé, com apoio da Prefeitura e Sindicato Rural, os produtores conseguiram atingir uma média de perda de 0,78 sacas/ha, inferior aos níveis tolerados.(G.R.)