As perdas nas lavouras de milho na região de Cascavel podem chegar a 20% caso a chuva persista, impedindo os agricultores de colherem a produção estimada em 672 mil toneladas. O volume de chuva acumulado neste mês chega a 440 milímetros, nos 28 municípios do Núcleo da Seab de Cascavel. Ano passado, na mesma época, foram registrados 142 milímetros de precipitação.
Em pleno período de colheita, apenas 20% dos 120 mil hectares de milho foram colhidos, o que começa a preocupar o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Seab. Para o economista, Jovir Vicentini Esser, as sementes de alta tecnologia ainda devem aguentar alguns dias, porém as intermediárias já começam a apodrecer.
As perdas são causadas com a brotação dos grãos nas espigas ou por perda de qualidade, ou seja, o milho torna-se ardido e com alto grau de toxinas. Para diminuir os prejuízos, alguns produtores têm utilizado secadores para tirar a umidade das espigas de milho, que evita o apodrecimento e permite a imediata utilização da produção.
O agricultor Cláudio Favreto afirma que plantou pouco mais de 12 alqueires de milho, mas que até o momento colheu menos de três alqueires. Ele não sabe precisar quanto será perdido em consequência das chuvas, mas estima que 15% de sua safra será prejudicada. ‘‘Toda a produção deveria ter sido colhida há mais de 10 dias, depois de tanta chuva precisava ficar uma semana sem chover para fazer todo o serviço’’, completa.