O brasileiro está muito preocupado com a qualidade de vida no trabalho. E sua percepção é de que ela piorou no segundo trimestre do ano, como aponta o Índice Sodexo de Qualidade de Vida (IQVT). Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice caiu de 6,83 para 5,91 pontos.

"O índice tem volatilidade alta e é altamente influenciado por questões não só da economia, mas social e especificamente agora do cenário eleitoral", afirma Fernando Cosenza, vice-presidente de Sustentabilidade da Sodexo Benefícios e Incentivos, acrescentando que a greve dos caminhoneiros (21 a 31 de maio) deve ter pesado no resultado.

Para ele, o investimento na qualidade de vida dos profissionais é que vai determinar a competitividade das empresas, muito mais que outros fatores. "O avanço tecnológico puxa a competitividade há muito tempo. Mas hoje em dia, nem tanto, porque tornou-se quase uma commoditie. Você compra o equipamento mais avançado e instala na sua empresa. Isso não é mais fronteira da competitividade", alega.

A fronteira, ressalta o vice-presidente, está nas pessoas. "Nessa dimensão de pessoas, o que mais contribuiu para a competitividade das empresas é o que a literatura chama de engajamento. É quanto as pessoas abraçam o trabalho, se envolvem de forma intensa", ressalta. (N.B.)

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