Se até recentemente as pequenas e médias empresas não foram foco de grandes bancos para a concessão de créditos, a situação deve mudar no curto prazo. Na avaliação de analistas, os bancos terão de redobrar o empenho para poder emprestar mais e os segmentos menos explorados até agora - porque foram praticamente relegados no passado - são os de micro e pequenas empresas e o de crédito direto ao consumidor.
Bancos como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil criaram segmentos especializados para atender a demanda pelo financiamento de pequenas e médias empresas. O presidente do Itaú, Roberto Setúbal, por exemplo, anunciou terça-feira que o banco quer aumentar o relacionamento com empresas de faturamento entre R$ 500 mil e R$ 4 milhões por ano e, por isso, investiu em atendimento personalizado.
Na avaliação dos bancos, também houve uma mudança de postura das empresas, o que facilita a concessão de crédito. O diretor de produtos financeiros da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), Antônio Fernando Burani, descarta que os bancos, nos últimos anos, tenham se concentrado nos grandes clientes, relegando as pequenas e médias empresas a segundo plano.