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O monopólio e a atitude covarde
Esquenta a briga entre as empresas que dominam o mercado de cerveja no País e o governo federal. O parecer da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE), determinando que a AmBev vendesse uma de suas marcas de cerveja (Brahma, Antarctica ou Skol), para que a fusão fosse aprovada, teve reação pesada, ontem, do presidente da Brahma, Marcel Telles. Ele classificou de ‘‘covarde’’ a atitude do governo, afirmando que o parecer é uma desaprovação medrosa. Ao depor durante audiência pública na Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Câmara, que discute a fusão das duas cervejarias, o presidente da Brahma observou que se o governo não tem condições de fiscalizar uma única empresa (no caso, a fusão), que condição terá para acompanhar qualquer caso, como a questão dos medicamentos? A fusão da Brahma com Antarctica, criando-se a AmBev, faz com que o Brasil tenha a terceira maior cervejaria do mundo e a quinta maior empresa de bebidas do planeta. Para se ter uma idéia, o guaraná Antarctica poderia competir com a Coca-Cola em 175 países. Já, no caso das cerveja, o monopólio é um complicador que pode prejudicar o consumidor, principalmente na formação de preço.

Saindo de casa
A Ouro Fino, genuinamente paranaense, está dando mais um grande e importante salto. De Bateias, Campo Largo, para a capital pernambucana. Recife foi a cidade escolhida pela empresa para lançar a Premium, uma garrafa azul de 300 ml, destinada principalmente a restaurantes. A partir de Recife, a empresa inicia sua estratégia de expansão no Nordeste, onde quer um aumento na porcentegam de vendas em todo o País, como as que obtém no Paraná, perto de 70%. Guto Mocelim, diretor da Ouro Fino, está otimista e prevê índices de vendas acima de 160% no Nordeste.

Norske & Klabin
Norske Skongindustrier ASA, a maior empresa de produtos de papel da Noruega, acaba de concluir negociações com a Klabin, a maior do setor da América Latina. A companhia norueguesa fará um acordo de leasing para a utilização do parque gráfico da Klabin, localizado em Monte Alegre (Telêmaco Borba), com capacidade de impressão de 130 mil toneladas de papel.

Indústria no Paraná
Como a empresa norueguesa não descarta a possibilidade de construir uma fábrica no Paraná, o governador Jaime Lerner já deve estar aprontando malas para uma visita ao presidente da empresa, Jan Reinaas. Nesse caso, o governador paulista, Mário Covas, pode ficar tranquilo, porque não haverá guerra fiscal. Não precisa.

Novo protocolo
Lerner estará amanhã em Cascavel para assinar protocolo de intenção com a empresa Comil Cilos e Secador. A empresa ampliará a unidade industrial, injetando R$ 2.650 milhões na expectativa de um faturamento anual de R$ 3.800 milhões. Este é o terceiro protocolo que o governador assina em menos de 40 dias. O primeiro foi com a Renault, no valor de US$ 100 milhões, o segundo com a gaúcha Inbras, no valor de R$ 11 milhões.

Só dá Brasil
Do total de US$ 97 bilhões que foram investidos na América Latina no ano passado, o Brasil ficou com US$ 31 bilhões. Os números (preliminares) são da Organização das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento.

Desempenho Paraná
José Écio Pereira da Costa (foto), sócio-diretor da Arthur Andersen, divulga hoje o resultado da pesquisa Retrato do Paraná, um balanço do desempenho de 445 grandes e médias empresas do estado em 1999, suas expectativas e as tendências para 2000. A divulgação será feita às 11 horas no escritório da Arthur Andersen, na rua Marechal Deodoro, 717, Curitiba.

Produtividade total
Regis Bonelli, economista e pesquisador do Instituto de Pesquisa Aplicada do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Ipea), esteve participando, ontem, em Curitiba, do II Fórum da Produtividade, promovido pelo IBQP. Bonelli deu seu recado e justificou porque é atualmente a principal referência brasileira em estudos sobre a Produtividade Total dos Fatores.

Pharmacia
O Estação Plaza Show terá, em breve, uma farmácia bem ao estilo início do século (passado, é claro). A iniciativa é da Drogamed, que vem preparando o design e a decoração do local que, certamente, será mais um ponto de atração para o público que frequenta o centro de lazer.

Cigarrinho de dinheiro
Enquanto a indústria de cigarro vai buscando novos setores de atuação, diante das perspectivas de redução no número de fumantes em todo o mundo, a ‘‘máquina da fumaça’’ continua movimentando fortunas. Só no ano passado, a Souza Cruz registrou lucro líquido de R$ 582 milhões.

Câncer bilionário
A receita bruta da Souza Cruz foi de R$ 5,95 bilhões, segundo o presidente da empresa, Flavio de Andrade. Nessa, o governo ganhou nada menos que R$ 3,95 bilhões só em impostos e encargos, quantia que, embora pareça exorbitante, ainda não dá para tratar de todas as ‘‘vítimas do cigarro’’.