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As gerações e os bilhões da internet
Uma festa de aniversário, o reencontro de velhas amizades e uma infinita troca de correios eletrônicos e números de um tal de ICQ – um programa de bate-papo em tempo real. E o velho telefone? Ninguém mais conhece? Crianças, adolescentes, adultos e velhos, todos parecem falar a mesma língua e dominar o que há de mais novo em tecnologia da informação. Uma situação no mínimo bizarra, até mesmo para os mais novos. O neto contando que recebeu um cartão de Natal virtual do avô. E não é mentira. Os que ainda não usufruem com frequência da famosa rede mundial de computadores, logo estampam um sorriso no rosto ao lembrarem-se de que no cartão da empresa, em letras miúdas, está registrado seu endereço eletrônico. Que alívio. Este tipo de situação tem-se tornado cada vez mais frequente. E até mesmo os mais resistentes aos avanços tecnológicos começam a se render aos milagres da comunicação eletrônica. A começar pelos benefícios que ela traz ao bolso, algumas vezes mais evidentes nos cofres das grandes companhias, que geralmente movimentam milhões, ou melhor, bilhões de dólares. Ontem, por exemplo, não se falava em outra coisa que não fosse a fusão bilionária da AOL – América Online, o maior provedor de internet do mundo – e a empresa de mídia Time Warner. A transação foi avaliada em US$ 350 bilhões.

Acesso gratuito
No Brasil, as notícias quentes também borbulham ao redor da rede mundial de computadores. Ontem, cinco empresas provedoras de internet formalizaram, individualmente, no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) denúncia contra os bancos que estariam dando acesso gratuito à rede mundial de computadores para seus correntistas.

Sem regulamentação
O presidente da Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet), Antonio Tavares, entrou em contato com o provedor gratuito de acesso à internet iG (internet Grátis) para levantar detalhes sobre sua operação, mas já anunciou que é cedo para saber se a operação do iG é abusiva à concorrência e se cabem processos anti-dumping na justiça.

E-commerce
Sabe-se que é irreversível o caminho para o acesso gratuito, uma vez que a estimativa é de que, em 2003, mais de 13 milhões de americanos não pagarão nada para acessar a rede. No entanto, para que isso ocorra, será necessário que o volume de comécio pela internet atinja patamares tão elevados quanto já se registra nos Estados Unidos e Europa.

Segurança
Quando se fala em comércio eletrônico, algumas questões preocupam os internautas, sobretudo a segurança dos dados fornecidos aos estabelecimentos. No domingo passado, por exemplo, foi tirada do ar uma relação com vários números de cartões de crédito obtida por um ‘‘hacker’’ numa loja de CDs que oferece a opção de compra pela internet. O ‘‘invasor’’ exigiu US$ 100 mil pelo arquivo, mas a loja não quis pagar. Resultado: os clientes tiveram os números de seus cartões de crédito divulgados num site da internet durante duas semanas. Por essas e outras, talvez ainda seja cedo mesmo para explodir o comércio virtual a ponto de garantir a sobrevivência dos provedores.

Dobro do salário
Todo mundo se pergunta como é que pode: as tarifas públicas continuam subindo, enquanto os salários ficam recebendo abonos defasados com relação à inflação – quando recebem. Para ser mais exato, os indexadores de preços usados para calcular os reajustes de tarifas de serviços públicos (como telefonia e energia) aumentaram duas vezes mais que os empregados para corrigir salários.

Resposta
Isso ocorre porque os serviços públicos são reajustados pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que fechou o ano passado em 20%. Já os salários, geralmente são corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que, em 1999, teve apenas 8,70% de aumento e deve ficar próximo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 8,20%, outro indicador usado como referência para salários. Tanto os 8,70% do IPC quanto os 8,20% do INPC, porém, só são conseguidos integralmente por categorias profissionais com forte organização sindical que conseguem repor ao ordenado as perdas decorrentes da inflação. Entendeu?

Mais índices
Já que é para falar de índices e mais índices que ‘‘indexam’’ nossas vidas, não custa nada reforçar que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou, em 1999, inflação de 8,94%, segundo dados do IBGE. O governo escolheu o IPCA como o índice de referência para as metas inflacionárias do País, adotadas no ano passado.

Bomba civil
Não há dúvidas de que a construção civil concentra uma das maiores capacidades para contratação de mão-de-obra entre os principais setores da economia brasileira. No entanto, a atividade não está na sua melhor fase. Em 1999, o custo nacional da construção civil subiu 7,87% na média de todo o País, segundo o IBGE.

Desemprego
Se a construação civil é a grande aposta de salvação para os desempregados, em Cascavel (PR), o setor foi justamente o grande vilão dos trabalhadores, em 1999. O Conselho Municipal do Trabalhador registrou, no ano passado, redução de 368 vagas no setor.

Cara comunhão
Não é à toa que os casamentos coletivos estão ficando cada vez mais concorridos. Uma certidão de casamento não sai por menos de R$ 115,00, para os casais que definirem a união com comunhão parcial de bens. Para aqueles que optarem pela ‘‘comunhão total de bens’’, a certidão fica mais cara em R$ 47,00. Isso quando não se verifica uma outra ‘‘maracutaia’’, em que o cartório cobra ainda mais caro pela qualidade do papel e da impressão.

Luxo na serra
Com a criação de mais um curso de Turismo no Paraná, já estávamos a nos perguntar se estão sendo feitos investimentos proporcionais no setor turístico paranaense que justifiquem a formação de maior número de profissionais da área. Uma boa, embora ainda não suficiente resposta para a pergunta, foi o anúncio da Serra Verde Express – empresa que administra a linha ferroviária turística entre Curitiba e o litoral do Paraná – de que, até o final do mês, irá lançar o vagão com camarote. Trata-se de um vagão antigo, reformado e adaptado, com mais espaço, bar, janelas panorâmicas e serviço de bordo, com guias bilíngues. A idéia é aproximar a atração paranaense dos parâmetros turísticos internacionais.