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As dificuldades de um passageiro
O jeito é continuar viajando de ônibus. Embora, às vezes, seja muito difícil. As companhias aéreas estão abusando. Depois de terem conquistado um público que não viajava de avião, no período em que reduziram as tarifas, as empresas não estão facilitando em nada para os clientes nem para as agências de viagem, que tiveram sua comissão na venda de passagens aéreas reduzida em aproximadamente 3%. Perdem as agências e, mais uma vez, o clientes. A Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagem) informou que a redução na comissão podelevar as agências a abandonar o recolhimento prévio das taxas de embarque, oque vai congestionar os aeroportos e atrasar os vôos. Ou seja, está ficandocada vez mais difícil chamar de cômoda e vantajosa a viagem aérea. Do que adianta depois ficar estendendo tapete vermelho aos passageiros?

Do espeto à brasa
Para falar a verdade, viajar é que está ficando mesmo difícil. Infeliz também dos passageiros que optam pelas companhias de ônibus. Os percalços já começam nas filas quilométricas nos guichês das empresas nas rodoviárias.
Para os que preferem comprar as passagens nas agências de viagem, a espera é a mesma, no entanto, às vezes é possível esperar sentando.

Segundo ‘‘round’’
Vencida esta etapa, haja paciência para aguentar a delicadeza dos funcionários, dos motoristas, o banco que não reclina, o ar-condicionado que não funciona e a suspensão que não resiste a tanta buraqueira. Terror, por terror, melhor ficar em casa assistindo tevê...

Participação nos lucros
A pesquisa Termômetro Empresarial, divulgada esta semana pela Arthur Andersen, revelou um fato interessante: apenas 1% das grandes empresas brasileiras não adota nenhuma nenhuma forma de remuneração variável; 82% já tem programas de participação nos resultados e 65% oferecem bônus ou prêmios; 20% oferecem a compra de ações como alternativa de remuneração. ‘‘ Isso mostra que, cada vez mais, as organizações estão preocupadas em ter o funcionário como parceiro real, comprometido com a empresa e com os seus resultados’’ , afirma José Écio Pereira da Costa, diretor da Arthur Andersen.

Trabalho infantil
O presidente do Sistema Fiep, José Carlos Gomes Carvalho agiu rápido, afirmando que no Paraná estão sendo tomadas todas as providências pela eliminação do trabalho infantil nas indústrias. Também a Cocamar e a Abrinq trabalham em um programa especial para eliminar a mão-de-obra infantil n o campo.

Mercado real
Não é à toa que as empresas de acesso à rede mundial de computadores vem lutando com unhas e dentes pelo direito de continuar cobrando pelo serviço. A Internet cresce a uma taxa de 80% ao ano e o Brasil já tem metade de todos os usuários de Internet na América Latina e movimenta 2/3 do comércio eletrônico da região.

Irresponsabilidade
O vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro vira notícia pela gravidade ecológica, mas também não deixa de incomodar por um motivo: a falta de critérios rigorosos para conter este tipo de ‘‘acidente’’. O rompimento de um oleoduto não tem outra explicação senão a falta de manutenção pela empresa responsável. Prejuízo? Claro, mas para o meio ambiente e população.


De quem é a conta
Tirando o óleo perdido, a multa irrisória e conserto do oleoduto, que deveria ser feito mais cedo ou mais tarde, estas empresas não têm nada a perder e continuarão irresponsáveis. É mais barato, afinal quem vai pagar por um mês de limpeza nas praias e recuperação da fauna local somos nós, contribuintes. Será que esta conta não deveria ser paga por estas empresas tão irresponsáveis?

Maços cancerígenos
Questionável a iniciativa canadense de estampar fotos de órgãos com doenças provocadas pelo fumo. O que ele causa, todos estão cansados de saber. Se este tipo de informação e imagens chocantes fossem eficientes, por que os médicos ainda fumariam? Infelizmente, a única solução que realmente parece eficiente neste caso está em medidas econômicas restritivas à indústria tabagista. Embora isto não agrade muito ao ‘‘bolso’’ do governo.

Desculpa de aleijado
Telefonia, planos de saúde e serviços de água e esgoto lideraram o ranking de reclamações do Procon no ano passado. O órgão de defesa dos consumidores registrou 54.411 queixas de consumidores, 76,5% a mais na comparação com 1998. Desse total, 25.544, ou 47%, foram referentes aos serviços de telefonia.

Natural
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que regulamenta o setor de telecomunicações, acha natural um número elevado de reclamações levando-se em conta que 99 foi o primeiro ano de sistema privatizado. A afirmação tem dois sentidos: tratam-se de falhas naturais em início de novas fases ou de falhas naturais por se tratar de serviço privatizado?

Pronto!
Como tudo sempre tem uma explicação, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) justificou o reajuste de 9,09% nas ligações feitas por telefones fixos para celulares, com o velho argumento de que, desde janeiro de 1997, o valor cobrado por este tipo de ligação não sofre alteração.

Velha desculpa
Com esse reajuste, as operadoras de telefonia poderão acrescer em suas tarifas valores de R$ 0,28 a R$ 0,71, dependendo da distância da chamada originada pelo telefone fixo ao celular. Se for assim, podemos deixar de pagar todas nossas contas, com a justificativa de que desde 1994 nosso salário não tem reajuste.

Papo furado
Com tantos reajustes, disso e daquilo, o governo ainda tem coragem de anunciar que está ‘‘ criando um Grupo de Trabalho sobre Mercado de Capitais e Poupança de Longo Prazo com o objetivo de estudar medidas que estimulem o crescimento da poupança de longo prazo, da intermediação financeira, da eficiência do investimento privado e da redução do custo do capital no Brasil’’. Com tanto imposto, taxa, reajuste (menos salarial, é claro) e desemprego, nos resta uma pargunta: quando os brasileiros irão conseguir guardar dinheiro?