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‘‘Mas que diabos fizemos eu?!’’
Não bastasse o ciúme doentio do governador paulista, Mário Covas, em relação à administração do governador paranaense, Jaime Lerner, também agora coloca as manguinhas de fora e torce o vasto bigode, o governador petista do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra. Retaliação, parece ser a palavra de ordem desses dois vizinhos. Ora bolas. São Paulo sempre teve o total apoio do governo federal e Rio Grande do Sul nem se fala. Enquanto isso, o Paraná sempre teve que caminhar com as próprias pernas. O caso das rodovias é um exemplo. Enquanto no Rio Grande do Sul, o Ministério dos Transportes sempre deu atenção especial a este setor, aqui no Paraná não houve investimentos e, o que é pior, o governo estadual teve de se virar para tapar buracos de rodovias com o selo federal.

Respeito é bom
Há de se respeitar o Paraná. Há de se respeitar o governador Jaime Lerner. Pelo menos neste aspecto, onde busca atrair novos investimentos para dar impulso ao crescimento e desenvolvimento do estado, gerando divisas, emprego e resultando em melhor qualidade de vida para a população. Respeitem o Paraná. Respeitem o sexto PIB e um dos principais produtores agrícolas do País. Só isso. Ou como dizia o mestre Zé Limeira, poeta do absurdo: ‘‘Mas que diabos fizemos eu!’’.

Cenário econômico
A maioria dos 25 líderes empresariais, que atuam nos setores de alimentação, bancário, comércio, eletroeletrônico, informática, metalurgia, mineração, papel e celulose, seguros, sucro-alcooleiro, têxtil, telecomunicações e veículos, ouvidos pela Trevisan, através de pesquisa sobre cenário econômico 2000, afirma que suas empresas farão contratações (74%) neste ano.

Reforma, o entrave
Os empresários responderam 13 questões sobre reforma tributária, taxa de juros, desvalorização cambial, PIB, emprego e investimentos, revelando as expectativas sobre a economia brasileira. A pesquisa mostra que 95% investirão ou realizarão projetos sociais e 90% apostam que o ritmo de atividade irá aumentar. Os empresários (77%), pretendem realizar investimentos; acreditam que o terceiro setor deverá ter expansão (5%) e o projeto de reforma tributária será aprovado apenas em 2001 (55%).

Barreira dos 4%
Este é, portanto, o termômetro empresarial sobre a economia brasileira neste ano. Antoninho Marmo Trevisan, presidente da Trevisan, acredita, depois desta pesquisa, de que finalmente vamos ultrapassar a barreira dos 4% de crescimento ao ano.

Juros e o PIB
Sobre a taxa de juros, os empresários acreditam que ficará entre 16% a 20% (50%) e a taxa de inflação acumulará entre 5% e 10% (90%). O déficit no balanço de pagamentos será menor que US$ 20 bilhões (50%); a política de desvalorização cambial será mantida (86%); o PIB irá crescer em 2% (36%) e a balança comercial será superavitária (90%).

Calos
Os empresários ouvidos pela Travisan também tem suas dúvidas. Os principais problemas a serem resolvidos pelo governo são:
A) Retomada do crescimento (29%)
B) Controle da inflação (24%)
C) Desemprego (21%)
D) Reforma tributária (13%)
E) Reforma da previdência (5%)
F) Pobreza (5%)

Porto Seco
Um porto seco, para que as mercadorias que entram no País via Paranaguá possam ser desembaraçadas com maior agilidade, será instalado no Expoara, durante a Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para Indústria Moveleira, que será realizada de 24 a 29 de abril, em Arapongas.

Ducha fria
A rádio Jovem Pan de Curitiba desceu a serra e instalou chuveiros para refrescar os banhistas no litoral. São duchas de água gelada para animar os ouvintes da boa música.

Diplomacia comercial
A Faculdades Integradas Curitiba, em convênio com o Cexpar, estará ministrando, a partir de março, o curso de especialização ‘‘Diplomacia Comercial’’. Inédito no Brasil, o curso objetiva suprir a carência de profissionais treinados na área de comércio exterior e formará negociadores comerciais internacionais.

Porto em Itapoá
Grupo Batistella, de Lages, Santa Catarina, decidiu investir no Balneário Itapoá, onde construirá um porto. O Paraná poderá ser beneficiado com o empreendimento, pois ficará na divisa com o município de Guaratuba. Crescimento à vista na região.

Investimentos da TIM
Investimentos de R$ 198 milhões estão programados para este ano pela TIM Celular Sul. Os recursos serão destinados à expansão da base de clientes e à modernização do sistema no Paraná, Santa Catarina e em Pelotas, no Rio Grande do Sul, estados em que a empresa atua no setor de telefonia celular. Com esses investimentos, a empresa quer conquistar mais 400 novos clientes, prevê o seu presidente, Alvaro Pereira de Moraes Filho.

Faturamento da Gerdau
O balanço de 1999 da Gerdau nos mostra um lucro líquido consolidado de R$ 360 milhões, o que corresponde a um crescimento de 75% sobre 1998. O faturamento também deu um salto significativo. Pulou de R$ 2,8 bilhões para R$ 4 bilhões, representando uma evolução de 47% em relação ao ano anterior. O volume de exportação também apresentou uma expressiva expansão de 63%. Foram embarcadas 402 mil toneladas de produtos siderúrgicos para o exterior, agregando US$ 81,3 milhões ao faturamento do exercício.