Flávio Turra, da Ocepar, diz que o Paraná mantém a liderança nas exportações de milho, mas os outros estados do Sul respondem atualmente, cada um, por 10% ou 15% das vendas externas do grão. ‘‘A maior parte do volume exportado é do Paraná, mas as vendas externas estão mais diversificadas’’, disse. Sologuren, da FNP, explica que as exportações só são viáveis para os Estados que estão perto dos portos. ‘‘Na entressafra, o frete para levar milho de Cascavel para o Porto de Paranaguá custava entre R$ 16,00 e R$ 20,00/tonelada. Agora, o preço dobrou. Os custos maiores inviabilizam maior volume de exportação’’, afirmou Turra.
Segundo Sologuren, o preço do frete inviabiliza, por exemplo, as exportações de milho do Mato Grosso, onde os lotes estão sendo comercializados a R$ 5,00/saca, abaixo dos R$ 6,15/saca fixados pelo governo como preço mínimo. ‘‘O governo estuda a possibilidade de fazer PEP para exportação, o que estimularia as vendas de milho do Centro-Oeste. Por enquanto, a proposta é só uma idéia que está em estudo no governo’’, afirmou. Um trader catarinense afirmou que ‘‘o alto preço do frete abocanha parte dos lucros que as cooperativas teriam ao vender o milho no mercado externo’’. (AE)