Brasil só terá superavit primário em 2021, diz FMI
O FMI (Fundo Monetário Internacional) alterou suas projeções sobre as contas públicas para o Brasil e agora aponta que o País só alcançará superávit primário em 2021, quando atingirá 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto), destacou o documento Monitor Fiscal. Em abril, o FMI previu pelo mesmo relatório que o Orçamento alcançaria resultado positivo em 2020, quando chegaria a 0,7% do PIB.
Em relação ao resultado primário, o Fundo agora prevê um desempenho menos robusto até 2022 do que o fez há seis meses. Para 2017, a estimativa de déficit primário subiu um pouco, de 2,3% para 2,5% do PIB. Mas a partir de 2018, a correção tem ritmo menor, pois passou de um resultado negativo de 1,1% para 2,3% do PIB. Para 2019, a estimativa de déficit subiu de 0,2% para 1,8%. Em 2020, a previsão de superávit de 0,7% tornou-se agora um déficit de 0,8%. Em 2022, o País deverá registrar o segundo ano de superávit do Orçamento, mas a estimativa baixou de 1,6% para 0,8% do PIB.

Estabilização da relação dívida/PIB nos próximos anos é improvável
O panorama fiscal do Brasil permanece desafiador, afirma a agência de classificação de risco Fitch Ratings em relatório sobre perspectivas para a América Latina divulgado nesta quarta-feira, 11. A avaliação é que alcançar a estabilização da dívida nos próximos anos é improvável, por conta da dificuldade em cortar despesas obrigatórias do Orçamento, os crescentes gastos com a Previdência e a recuperação ainda lenta da economia.
A Fitch projeta que a relação entre a dívida bruta e o PIB (Produto Interno Bruto), um dos principais indicadores de solvência de um país, deve subir de 69,9% no ano passado para 76,6% este ano e bater em 80,1% em 2018, um dos níveis mais altos entre emergentes. O documento divulgado nesta quarta menciona que pelas projeções oficiais do próprio governo, um superávit primário só deve vir em 2020. Na terça-feira, 10, a Moody's já alertou sobre as dificuldades que o Brasil terá para estabilizar a dívida/PIB e que a tendência é de crescimento do indicador nos próximos anos.

Plano de recuperação da Oi chega ao prazo limite com pontas soltas
O conselho de administração e a diretoria da Oi aprovaram na terça-feira, 10, o novo plano de recuperação judicial que deverá ser protocolado nesta quarta-feira, 11, na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Apesar de acerto em parte dos termos que balizarão o plano, ainda existem alguns pontos que continuarão em negociação. A Oi não comenta.
Com a assembleia geral de credores agendada para o dia 23 deste mês, acaba na quinta-feira o prazo para que a companhia divulgue suas propostas para equalização da dívida de R$ 65 bilhões.
Entre as propostas que deverão constar no plano da Oi está a opção de entrega de 15% a 25% de ações para os detentores de títulos (bondholders), que concentram R$ 32 bilhões em dívidas da tele. O porcentual da conversão é um dos pontos sem consenso desde o início da recuperação judicial, em junho de 2016.

Volkswagen lança caminhão elétrico desenvolvido no Brasil
A Volkswagen lançou nesta quarta-feira, 11, o primeiro caminhão leve 100% elétrico desenvolvido no Brasil. O modelo, apresentado em um evento da empresa do grupo MAN Latin America na Alemanha, deve iniciar a operação em frotas piloto em 2018. O modelo, chamado de e-Delivery, foi desenvolvido em parceria com empresas com a WEG e a Eletra para tração de veículos comerciais e tem autonomia de até 200 quilômetros, a depender da aplicação e configuração do veículo.
A recarga, outro desafio para a competitividade dos veículos elétrico, terá duas opções no caminhão da Volks. A fabricante afirma ser possível carregar 30% da bateria em 15 minutos. Essa é a alternativa para aumentar a autonomia do veículo. Já a recarga completa leva três horas.
A companhia está de olho no nicho de caminhões para grandes centros urbanos e demandas por logística verde, zero emissões e circulação em locais com baixo ruído.

MT encontra 118 crianças em situação de trabalho infantil
Durante operação realizada entre os dias 6 e 12 de outubro na cidade de Boa Vista (RR), o Ministério do Trabalho encontrou 118 crianças e adolescentes em atividades consideradas como as piores formas de trabalho infantil. Pelo menos 13 menores de idade trabalhavam na coleta de lixo em um aterro sanitário a 13 quilômetros do centro da capital. O lixão foi interditado e a empresa administradora, Sanepav Ambiental, foi autuada por 12 infrações às normas de segurança e saúde.
Também foram identificadas irregularidades durante o último fim de semana em feiras públicas da região - na feira do bairro Pintolândia, foram identificadas 48 crianças em situação de risco; na dos Garimpeiros, 40; e na dos Produtores, seis. Outros dez menores de idade foram encontrados nas ruas em situação de grave risco social. A prefeitura de Boa Vista e o Estado de Roraima foram notificados em relação às crianças encontradas sozinhas ou em companhia dos pais.