Oswaldo Petrin
PUBLICAÇÃO
sábado, 22 de novembro de 1997
-Quem tem dívida indexada ao dólar e estava preocupado com um eventual ajuste cambial mais agressivo daqui para frente (já que o governo foi muito cobrado por manter o real supervalorizado), pode ficar mais tranquilo, pelo menos por enquanto. Os exportadores brasileiros, que desde a adoção do Plano Real criticavam o que chamavam de supervalorização do real em relação ao dólar, passaram a apoiar a atual política cambial do governo.
-É uma mudança de posição inesperada, sem dúvida. A nova posição dos exportadores consta do documento que a Associação de Comércio Exterior do Brasil entregou ontem ao presidente FHC. Se depender dos exportadores, justamente os que mais pressionavam e os mais prejudicados, o câmbio pode continuar irreal. E o único mecanismo de ajuste serão as bandas cambiais, instrumento que o Banco Central vinha utilizando desde a implantação do Plano Real.
-A manutenção do sistema de bandas, com desvalorização do real, é instrumento importante por permitir a competitividade das exportações e isto basta. Em resumo é o que pensam os exportadores expresso em documento entregue ontem ao presidente FHC e divulgado pela imprensa. O presidente da AEB, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, disse à Agência Estado que, hoje, os exportadores não podem defender uma maxidesvalorização do real porque seria desastroso para o Brasil.
-Temos que proteger nossa moeda e não vamos dar um tiro no pé, disse. A AEB reuniu todas as preocupações dos seus 500 sócios durante dois meses em uma única carta, cujo teor tende mais para o conceito do que para a
prática. Mas, segundo Pratini de Moraes, as questões específicas têm
sido discutidas. O objetivo, segundo ele, é estimular as exportações e torná-las o principal mecanismo de ajuste para a balança comercial, não a recessão. Pratini disse ainda que para cada bilhão de dólares exportados são gerados 50 mil empregos. O grosso da economia brasileira não pode ser prejudicada por uma crise financeira.
-O documento lista algumas metas do setor produtivo, entre elas está a
ampliação das linhas de financiamento. Para os empresários, o atual sistema, o Proex, do Banco do Brasil, não atende totalmente às necessidades da política de exportação porque se baseia em regras prefixadas, não viabiliza a plena participação do sistema bancário e depende de recursos orçamentários.
-Mas fica uma preocupação: como alavancar as exportações a um crescimento de 14% ao ano (média dos últimos anos foi de 11%), sem mexer no câmbio?. Outra questão: FHC quer dobrar as exportações (hoje em US$ 50 bi) e para isto deve acenar com incentivos. Fica a dúvida sobre o mecanismo para alcançar estas metas.
Jandaia
Jandaia do Sul abre oficialmente sua 4ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial no dia 6 de dezembro, às 11 horas. A feira acontece no Parque de Exposições Senador José Eduardo de Andrade Vieira.
Feira/usados
A Feira de Usados de Arapongas, no Pavilhão Expoara, vai até dia 30. As diretorias do Sima e do Pavilhão Expoara, promotores do evento, decidiram prorrogar por mais uma semana. O evento se encerraria dia 23.
Feira/usados 2
Comunicado da organização da Feira diz que a prorrogação é para facilitar ao grande número de compradores da região que tem se interessado principalmente por móveis novos (ponta de estoque das fábricas).
Feira/usados 3
Os móveis têm sido a maior atração entre os mais de 4 mil itens compostos de máquinas, equipamentos, ferramentas, peças e acessórios em geral. Informações (043) 252-4816 e 252-1278.
Milho BM&F
O indicador de preço de milho, calculado pela FGV/BM&F, ficou ontem em R$ 8,24/saca. Em dólar, a cotação ficou em US$ 7,43/saca. O valor a prazo foi de R$ 8,28/saca.