O governo do Paraná foi comunicado oficialmente ontem da existência de focos de febre aftosa no Paraguai. O comunicado foi enviado pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa e Zoonoses à Delegacia do Ministério da Agricultura do Estado.
Conforme o comunicado, uma equipe do Centro Panamericano visitou o Paraguai e encontrou animais apresentando lesões compatíveis com a febre aftosa na região de Corpus Christie. No Paraná, a Secretaria da Agricultura está se preparando para a segunda etapa da campanha de vacinação, que acontece de 1º a 20 de novembro, devendo imunizar 9,5 milhões de bovinos e búfalos.
O chefe da Divisão Sanitária Animal, Felisberto Baptista, informa que a próxima campanha terá dois componentes diferentes: a introdução do vacinador oficial e a mudança de metodologia da comprovação das vacinas.
O vacinador atenderá, prioritariamente, as propriedades onde o produtor tem mais dificuldades de comprar a vacina, seja em função do tamanho reduzido do rebanho ou pela dificuldade de acesso ao mercado.
Formalmente, comunicados como o emitido ontem pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa e Zoonoses tratam específicamente da constatação do problema. São comunicados técnicos e fezem parte do acordo de cooperação. Na prática, porém, o comunicado de ontem deixa entrever um apelo - possívelmente dramático como estariam fazendo hoje cendentas de produtores profissionais e conscientes -, no sentido de que todos: governo, entidades representativas, cooperativas e os criadores de gado, envidem neste momento o maior esforço possível para evitar focos.
Cercado de tanta gente irresponsável (nos governos, entre criadores e transportadores), o Paraná sobrevive sem o virus por milagre e, convenhamos, esforço de sua gente e seus técnicos. Mas tem hora que ‘‘a gente sente falta de firmeza nesse esforço paranaense’’, para repetir aqui o que foi dito dias atrás na Redação deste jornal por um empresário que, ao organizar seu leilão nos próximos dias, chega a perder o sono de tanta preocupação.