Economia no sal mineral
Os custos com aquisição do sal mineral, um dos principais itens da alimentação do gado, poderão ser reduzidos em até 50% depois da publicação da Portaria nº 6, do último dia 4, do Ministério da Agricultura.
Seguinte: com a flexibilização para o uso de novas fontes de fósforo a serem utilizadas nas misturas de sal mineral para a alimentação animal, pode haver uma redução de até R$ 864 milhões nas despesas dos pecuaristas com nutrição suplementar mineral do rebanho. Quem faz as contas é o presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira.
O fósforo é a matéria-prima que representa o maior custo na composição do sal mineral e a base da alimentação suplementar do rebanho brasileiro, de 160 milhões de cabeças, das quais calcula-se que 40% usem regularmente o sal mineral na alimentação do boi criado a pasto.
A regulamentação até então em vigor reduzia as opções de compra dos fabricantes de sal mineral a apenas uma fonte de fósforo, o fosfato bicálcico. Este monopólio acabava impondo aos pecuaristas produtos caros, que elevavam o custo de produção.
O Fórum Nacional da Pecuária conseguiu convencer o Ministério de que a mistura final da suplementação alimentar - que deve atender ao limite máximo de duas mil partes por milhão de flúor - é o que realmente importa.
Vistoria no Paraguai Técnicos brasileiros vistoriam gado no Paraguai. Os técnicos solicitados pelo Serviço Nacional de Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai, começaram a vistoriar ontem fazendas da região nordeste do País, na tentativa de confirmar ou não a existência de focos da febre aftosa no rebanho.
O repórter Emerson Dias , deste jornal em Foz do Iguaçu, acompanhou os trabalhos. Dois epidemiologistas brasileiros fazem parte do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa). Eles trabalham em conjunto com inspetores paraguaios e estão visitando propriedades dos departamentos (equivalentes a Estados brasileiros) de Canindeyú e Amambay, distante cerca de 150 quilômetros de Foz do Iguaçu. Eles devem examinar as 13 mil cabeças de gado, vacinadas contra a febre aftosa pelos fazendeiros em janeiro. A campanha de vacinação ocorreu depois que dez vacas foram encontradas na região apresentando sintomas semelhantes as da doença.



LEITURA DINÂMICA
-Um pecuarista que mineralize corretamente um rebanho de 100 cabeças gasta R$ 2,7 mil/ano com suplementação mineral.
-Com uso de fontes alternativas de fósforos pelos fabricantes das misturas minerais, este pecuarista pode economizar, no mínimo, R$ 1,3 mil/ano.
-Com a medida pequenos produtores que não utilizam suplementação mineral, devido ao alto custo, passarão a ter acesso ao insumo, aumentando a produção de leite, carne, fertilidade e desfrute.
-A vantagem não é apenas para produção de leite e carne. Aumenta o desfrute também de suínos e aves.
-Pecuária precisa reduzir custo para exportar. Ano passado exportações aumentaram 41%.

DROPS
Tarde demais É pouco e vem com atraso. Assim os técnicos definem os empréstimos para as operação de AGF anunciados ontem (matéria da jornalista Carmen Murara, nesta página).
Reação Tanto é verdade que ontem, no final da tarde, chegou a informação que o mercado começou a reagir, após três meses de preços achatados, por excesso de oferta, que a Conab não evitou.
Reação 2 O preço do feijão começa a reagir em São Paulo. Hoje, no atacado, a alta foi de 4,88% na Bolsa de Cereais de São Paulo. Nos últimos 30 dias, porém, a queda é de 12,24%.
Milho Notícia favorável ao mercado do milho: O clima continua prejudicando lavouras argentinas. As estimativas apontam para produção de 14,5 milhões de t, contra 15,5 milhões previstos anteriormente. (FNP/Agência Folha).
Milho 2 O contra-ponto: a entrada de milho do Paraná e os estoques de Goiás e do MG estão derrubando os preços do produto. Neste mês, o preço acumula queda média de 3,55%.