A aposta no hambúrguer artesanal aumenta a concorrência e força empresários a investir em novidades, como diferentes tipos de carnes e o visual da loja
A aposta no hambúrguer artesanal aumenta a concorrência e força empresários a investir em novidades, como diferentes tipos de carnes e o visual da loja



"As pessoas acham que é fácil fazer, mas não é só o produto. A experiência no local também conta bastante para conseguir se manter no negócio. O produto pode ser bom, mas a higiene na cozinha é cara", lança Nelson Sousa Figueiredo Junior, logo no início da entrevista. O empresário abriu há quatro meses uma hamburgueria em uma das principais avenidas da cidade. Na região, ele divide espaço com outros negócios que também apostam no hambúrguer artesanal, algo que o londrinense começou a ver surgir não faz muito tempo.

Figueiredo Junior também tem uma hamburgueria em Maringá. A cozinha dos estabelecimentos é industrial e a decoração planejada. Em Londrina, a parede tem grafites, uma das características que, na opinião do dono, trazem o cliente para dentro da hamburgueria. "A primeira impressão que fica é o visual, com um ambiente diferente, e uma marca forte." O empresário também investe em mídias sociais, em que posta fotos atrativas dos hambúrgueres.

O controle de qualidade também é fundamental para o negócio, ele acrescenta. "O que é feito aqui, é feito em Maringá. Acho que ainda vai surgir muita hamburgueria, está apenas no começo. Mas também vai fechar muitas."

FOOD TRUCK
Daniel Kunioshi, dono de uma hamburgueria inaugurada há oito meses na região central da cidade, admite que o movimento caiu "drasticamente" desde o início do ano por causa de outros estabelecimentos do mesmo ramo que abrem na cidade. "Os londrinenses gostam de experimentar coisas novas." Por isso, ele também pensa em passar a fazer entregas por meio de um aplicativo de delivery. A hamburgueria também trabalha com carnes diferentes, como costela e sobrecoxa de frango, molhos especiais e tenta alcançar o público vegetariano, observa Kunioshi.

Foi para poder fazer entregas e para terem um porto seguro que Kunioshi e o irmão, Estevão Kunioshi, resolveram inaugurar a loja. Os irmãos também possuem um food truck, mas temem que a onda dos trailers de comida seja passageira. Essa, no entanto, tem se mostrado uma aposta certeira até então. O food truck já circula há dois anos na cidade, alternando entre três pontos fixos durante a semana, e participando de eventos de food truck dentro e fora de Londrina. É de lá que vem a maior parte dos clientes. "Londrina não tem muitas opções de lazer. Os eventos de food truck são uma opção a mais para os londrinenses, têm música ao vivo, brinquedos para as crianças, coisas diferentes para experimentar e as pessoas escolhem o que querem comer como se fosse uma praça de alimentação."(M.F.C.)