Uma cerimônia na tarde desta quinta-feira (24) marcou o lançamento das obras do Aeroporto de Londrina. O investimento por parte da concessionária CCR Aeroportos será de R$ 185 milhões e a previsão é que mais de 230 empregos diretos sejam gerados. A estimativa é que as melhorias sejam entregues no fim de 2024.

A solenidade, ocorrida no próprio terminal, teve a presença do governador Ratinho Junior (PSD), do prefeito Marcelo Belinati (PP), além de demais autoridades e técnicos da área de aviação. O governador ressaltou que o Aeroporto de Londrina é estratégico em nível estadual e que o investimento é importante. “Acima de tudo, faz parte de um grande pacote de investimentos. Estamos falando de R$ 185 milhões no aeroporto, investimentos no Viaduto de PUC, da duplicação da PR-445, que está em um ritmo muito bom, das oito mil casas que estão sendo construídas em Londrina, que passa de R$ 1,2 bilhão”, disse

Ratinho Junior também lembrou que o programa Voe Paraná vem estruturando os aeroportos do estado e possibilita a oferta de voos em cidades do interior. “Quando você cria esse ambiente de logística, aumentando o número de voos, estruturando nossos aeroportos, você coloca um potencial a mais para o turismo regional.” O secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, adiantou que existem tratativas para que Londrina tenha novos voos. Um deles deve ser para a cidade de Foz do Iguaçu. “É um voo muito solicitado em Londrina.”

Segundo a CCR, haverá adequação das áreas de escape na pista, reforma e ampliação do terminal de passageiros, implantação de duas pontes de embarque, construção de um novo pátio para seis aeronaves e uma nova estrutura de SCI (Seção Contra Incêndios). Além disso, o aeroporto contará com ALS, que é o sistema de luzes de aproximação, e a infraestrutura para o sistema de pouso por instrumentos (ILS). Caberá à empresa preparar a estrutura e, ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), a implementação do ILS.

Marcelo Belinati afirmou que as melhorias no espaço são “um momento histórico” para a cidade e que, somado a o que o poder público aplicou e o necessário para o ILS, será um investimento da ordem de R$ 300 milhões. “O aeroporto é um grande ponto que mostra o desenvolvimento de uma cidade. Ajuda na atração de indústrias e empresas, fomenta a vinda do empresariado e movimenta a economia de uma cidade. É um momento fundamental, um sonho da cidade de Londrina que vamos poder ver se concretizar”, afirmou.

Belinati ressaltou que o sistema de pouso por instrumentos é uma responsabilidade do governo federal e que o município já iniciou as tratativas para viabilizar o equipamento, fundamental para o pouso em condições climáticas adversas. “Falei já com o presidente Lula, falei hoje com o governador Ratinho Jr. e a concessionária fará a solicitação da instalação do ILS. Com esse documento em mãos, vamos iniciar um trabalho político, eu e o governo do Estado, junto ao presidente, que já deu o ‘ok’ para que ele possa ser instalado.”

O presidente da CCR Aeroportos, Fabio Russo, garantiu que as obras ocorrerão de forma simultânea e não haverá impacto no funcionamento do aeroporto. “Temos dois tipos de investimento. Tem investimento daquilo que quem usa o aeroporto não percebe, que é da segurança aeroportuária, e outro que torna o aeroporto mais confortável, como a sala de embarque melhor, mais nova, os fingers, que são as pontes de embarque. Ou seja, vai ser o aeroporto que a cidade de Londrina merece”, pontuou.

OUTRAS OBRAS

O governador também foi questionado sobre a situação do Viaduto da PUC. Segundo Ratinho Junior, as obras devem iniciar “nos próximos dias”, pois já houve homologação para que a empresa comece os trabalhos.

“Nós tivemos que fazer essa mudança porque não foi cumprido o cronograma de prazo, aí contrata-se outra empresa e esperamos que, nos próximos meses, já possa ter obras, máquinas na pista trabalhando e resolvendo esse problema”, afirmou.

Em relação à última etapa de duplicação da PR-445, Sandro Alex disse que a concessão do pedágio é uma condicionante para definir se ficará a cargo da administração estadual ou da futura concessionária. O objetivo do governo, segundo o secretário, é fazer a duplicação.

“Se nós tivermos a publicação por parte do TCU do edital que envolve o lote da 445, nós não podemos ter obras no lote quando a empresa assume. Então, se houver um prazo maior, até pela discussão que a região tem da inclusão ou não de obras, podemos iniciar a obra e concluir. Se o lote for a leilão com mais brevidade, pode ser que essa obra fique para que a concessionária execute no início do contrato”, explicou.