A CCR Aeroportos vai entregar oficialmente as obras de ampliação do Aeroporto Governador José Richa (LDB), na quarta-feira (22). A solenidade que terá as presenças do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do governador Ratinho Junior, e do CEO da CCR Aeroportos, Fabio Russo, está marcada para as 9h30, nas dependências do terminal.

Na oportunidade, representantes da concessionária irão detalhar as obras realizadas no terminal, com investimentos que ultrapassaram os R$ 180 milhões. Entre as principais intervenções, estão a ampliação do terminal de passageiros, nova sala de embarque e extensão em 150 metros da pista de pousos e decolagens, e a estrutura para a futura instalação do sistema de pouso por aparelhos, o ILS, de responsabilidade das autoridades federais.

A reforma aumentou em 40% o tamanho do terminal, de 8,5 mil para 115 mil metros quadrados, com capacidade para atender 3,5 milhões de passageiros por ano, quase cinco vezes a movimentação registrada no ano passado. O recorde foi registrado em 2014, com 1,13 milhão de passageiros.

Com as intervenções, os passageiros já podem acessar os voos por meio das plataformas que se conectam com a aeronave, os fingers, sem precisar se deslocar pela pista para realizarem o embarque. Durante as obras, o percurso percorrido a pé pelos passageiros era maior que o normal, o que causava transtornos principalmente em dias de chuva.

As melhorias entregues fazem parte do acordo da concessão da CCR Aeroportos, mas não incluem obras previstas em acordo firmado entre o Município e a Infraero em período anterior à concessão. Em 2016, a Prefeitura de Londrina investiu cerca de R$ 50 milhões em desapropriações de terrenos vizinhos ao terminal para garantir a ampliação da pista em 600 metros, além de efetivar a pista de taxiamento aéreo.

Como as obras não foram incluídas na concessão, a questão foi judicializada no final do ano passado, na gestão do prefeito Marcelo Belinati. A nova administração informou que uma audiência de conciliação entre as partes foi marcada para o dia 17 de março.

Em nota, o Município de Londrina informou que solicita, por meio da ação judicial, que a União, Anac e Infraero sejam obrigadas a cumprir as obrigações do acordo de cooperação técnica, realizando a ampliação da pista de pouso e a construção da nova pista de táxi. Pede também que o Grupo CCR adapte o Plano de Exploração Aeroportuária para viabilizar essas obras.

O município reivindica ainda aplicação de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão judicial. Caso as obras não possam ser realizadas, a administração municipal requer o ressarcimento integral dos valores gastos com as desapropriações. A ação judicial busca garantir o cumprimento do acordo e evitar prejuízos aos cofres públicos e aos cidadãos de Londrina, uma vez que as áreas desapropriadas não podem ser usadas para outra finalidade.

Atualizada às 19h20 com o posicionamento da Prefeitura de Londrina