Imagem ilustrativa da imagem Novo presidente da Sercomtel é definido

Após Assembleia Geral realizada na manhã desta quarta-feira (23), foi definido o nome de quem deve ficar à frente da Sercomtel na nova fase da companhia. Márcio Tiago Arruda é quem assume a presidência da Sercomtel. Arruda é diretor de Operações do Bordeaux Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, que arrematou a telefônica em leilão de privatização da companhia realizado em agosto. Nesta quarta-feira, também foi realizada a primeira reunião do novo Conselho de Administração, que agora é presidido por Hélio Costa, consultor do grupo e ex-ministro das Telecomunicações.

“Márcio já estava trabalhando com a gente há dois meses e hoje foi feita assembleia que efetivou o novo conselho e nova diretoria”, afirmou Cláudio Tedeschi, que ocupava o cargo de presidente da telefônica desde 2019. Ele elogiou os novos dirigentes. “Márcio tem 20 anos de experiência na área de telecom, é muito gabaritado. Hélio (Costa) é um homem com visão mundial de telecom. Londrina teve muita sorte, deve haver um resgate da companhia.”

Para Tedeschi, existe uma perspectiva muito boa para a Sercomtel agora que o grupo assume a companhia. Em novembro, o Bordeaux também arrematou a Copel Telecom, e já afirmou que as duas empresas serão “complementares”. “Ninguém vai investir R$ 130 milhões para fechar. (O Bordaux) deve ter preparado um plano de resgate, e a compra da telecom (Copel Telecom) para nós foi uma excelente notícia, porque ela tem uma estrutura de 47 mil quilômetros de fibra. A Sercomtel tem mil, mas tem um quadro qualificado de serviço. Vão fazer uma empresa que trabalha conectada - a estrutura de uma, fantástica, e os serviços de outra que apesar das dificuldades sempre foi a melhor qualificada.”

O ex-presidente da Sercomtel afirmou que o processo de transição se deu de forma tranquila, com todos os ritos formais cumpridos. A aprovação do Cade para a transferência da companhia para a iniciativa privada aconteceu no final de outubro, e a anuência da Anatel veio no início de dezembro. “A transição foi ótima, muito tranquila, acima do que se esperava sem nenhum atropelo. Foram cumpridos todos os requisitos necessários, as aprovações nas agências reguladoras, principalmente nacionais, e o fundo cumpriu todos os depósitos, regras para a transferência. Foi um absoluto sucesso. Temos uma empresa privada."

Tedeschi também comemorou o fato de o processo de privatização da companhia ter acontecido sem conflitos. “A Sercomtel vinha na verdade de um período de déficit de praticamente décadas. Precisava de uma solução definitiva porque vinha derretendo, perdendo clientes e faturamento e tendo déficit praticamente mensais. Era preciso tomar uma medida. O pessoal compreendeu, a própria empresa compreendeu que não tinha outra alternativa. Não era só a Sercomtel, não tem mais recurso para investir em empresa pública. Obrigatoriamente se quiser manter na ponta tecnológica, uma empresa extremamente dinâmica, não tem outra alternativa senão a de privatização.”