Agência Estado
De São Paulo
O dia no mercado acionário doméstico foi marcado pela baixa volatilidade. Os papéis das principais blue chips do Ibovespa chegaram a atingir – nos picos de queda do Nasdaq – 73% de volatilidade. Hoje estão em 50%, índice considerado normal pelos players. A Bolsa de Valores de São Paulo operou timidamente realizando pouco mais da metade do giro financeiro do dia anterior. A Bovespa girou R$ 624 milhões e, respondendo à trégua de Wall Street, operou em terreno positivo pelo segundo dia consecutivo, subindo 2,14%, para 17.513 pontos.
Apesar da reação demonstrada nos últimos dois dias, tendo conquistado 179 pontos nesta sexta-feira, o índice Nasdaq ainda amarga perda de 2,77% na semana. Sexta-feira passada, a bolsa eletrônica de Norva York acumulava 4.572,83 pontos, enquanto que no fechamento de ontem sua pontuação ficou em 4.446 45 pontos.
Mesmo diante deste cenário positivo, as ações da velha economia, representadas pelo Dow Jones, registraram suave queda de 0,03%, em 11.111,4 pontos. O mercado não teve fôlego para sustentar a alta registrada pela manhã, com a divulgação do índice de desemprego em março nos EUA, que ficou em 4,1%, pouco acima dos 4% estimados. A princípio, isso serviu para afastar suspeitas de alta mais forte e acelerada dos juros norte-americanos.
O nervosismo que caracterizou os últimos dias acabou se dissolvendo e os mercados encerraram a semana com tranquilidade. Diante da alta de 4,18% da Nasdaq ontem, não houve espaço para apreensão. Consequentemente, o dólar acabou caindo 0,23%, cotado a R$ 1,7420. A sensação que predominou ontem nas mesas de operação, ao observar os dados externos, é de que o pior já passou. Mas o clima ameno ainda não autoriza o mercado a baixar a guarda. ‘‘Depois do temporal é que vêm as análises mais fundamentadas sobre o cenário externo. E são essas que vão definir o rumo do mercado na semana que vem’’, ressalta um operador.
O mercado de juros futuros fecharam ligeiramente as taxas nesta sexta-feira. A continuidade da recuperação do Nasdaq permitiu que as instituições financeiras voltassem a considerar os fundamentos da economia brasileira – que são bons –, deixando de lado o nervosismo e as oscilações provocadas pelas tecs e biotecs norte-americanas.