Enquanto a França espera resultados de exames em animais que podem estar infectados pela febre aftosa, os outros países europeus continuam tomando medidas adicionais ao embargo da União Européia (UE) contra a carne do Reino Unido, país onde já foram identificados 74 focos da doença e 54 mil animais foram sacrificados.
Este foi o último balanço divulgado ontem pelo ministério britânico da Agricultura e pelas autoridades escocesas. Até domingo, havia oficialmente 69 pontos de contaminação. Os cinco novos focos localizados ontem – dois no condado de Devon (sudoeste), a principal região pecuária do país, um em Durham (nordeste), outro em Herefordshire (centro) e um na Escócia – aconteceram por contaminação direta com animais já infectados.
Na França, onde há nove focos suspeitos, os resultados das análises de várias ovelhas realizados no centro do país e anunciados ontem foram negativos, de acordo com o ministro francês da Agricultura, Jean Glavany. As autoridades proibiram todas as exportações de ovinos, bovinos e suínos e suspenderam por 15 dias todo movimento de animais no país, à exceção do transporte para os matadouros, que será feito com controle reforçado.
O governo francês anunciou também que indenizará os fazendeiros. As corridas hípicas estão autorizadas apenas quando os centros de treinamento forem próximos aos hipódromos.
Na Bélgica, os resultados das segundas análises feitas em três porcos numa fazenda no norte do país deram negativo, anunciou o ministro belga da Agricultura, Jaak Gabriels. Os resultados definitivos serão divulgados no sábado.
Na Dinamarca, o segundo resultado do exame feito no domingo numa vaca suspeita de contaminação deu negativo e o definitivo seria divulgado ontem. Na Alemanha, os últimos exames feitos pelas autoridades, confirmam que as 1.850 ovelhas mortas recentemente na região noroeste – de procedência inglesa – não contraíram a doença. No domingo, foram registrados três focos no Irã, enquanto que na Mongólia pelo menos 60 mil animais estão infectados, informou ontem a agência Nova China.
Depois do surgimento dos primeiros casos no Reino Unido, em 21 de fevereiro, a UE proibiu a importação de animais e produtos britânicos derivados até 9 de março. O prazo deverá ser prolongado, devido à permanência da epidemia, declarou um porta-voz da Comissão Européia.