A demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais cresceu 5,5% em setembro em relação ao mesmo mês de 2017, informou a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo). A oferta das companhias aéreas teve aumento de 5,8% na mesma comparação. Nos mercados domésticos a alta foi de 6,5% em setembro, em comparação com setembro de 2017. O Aeroporto Governador José Richa, em Londrina, registrou crescimento de 4,2% de agosto para setembro. Na comparação do mês, a alta foi de 12%. No acumulado do ano, entre embarques e desembarques passaram pelo terminal pé vermelho 706.008 passageiros, ante os 651.680 do mesmo período do ano passado.

O terminal de Londrina tem capacidade para atender 3,1 milhões de passageiros por ano e em 2017 registrou mais de 880 mil viajantes entre embarques e desembarques. Recentemente, a Infraero investiu R$ 3,83 mi na sala de embarque, ampliando a área de 400 m² para 1.250 m². O espaço agora conta com quatro portões de embarque, três canais de inspeção, espaços para estabelecimentos comerciais e novos assentos.

O aeroporto foi escolhido para a implantação do projeto-piloto "Aeroporto Digital". O projeto prevê a adoção da metodologia BIM (Building Information Modeling), um conjunto de tecnologias e processos de gestão operacional. "O BIM não é apenas um software é uma nova forma de como interpretamos os processos. Por exemplo, em uma construção poderemos fazer modelagens em 3D, gerenciar cronograma, número de funcionários necessários, dando mais eficácia ao projeto", explicou Josenildo Souza do Nascimento, especialista em navegação aérea do aeroporto de Londrina.

Segundo a Infraero, o projeto estima uma economia anual de até R$ 540 mil para o aeroporto, por meio da diminuição dos custos de cadastramento, projeto e manutenção, do aprimoramento da operação aeroportuária, da gestão de informações e do aumento da rentabilidade comercial, além da diminuição de paradas de equipamentos e agilidade em processos fundiários que terão os cálculos efetuados após a conclusão do projeto.

O BIM também pode auxiliar na tomada de decisão da navegação aérea. O especialista exemplificou que, recentemente, foi realizado um estudo sobre a altura de cada ponto do sítio aeroportuário, com dados de elevação, incidência de sol, áreas de sombra e pontos de alagamentos. Com esses dados inseridos no BIM, pode-se elaborar um modelo de trajetória das aeronaves.

A metodologia permite fazer simulações de rotinas para tomada de decisões para contornar possíveis imprevistos. O sistema será centralizado e as áreas terão acesso as informações. "Hoje já existem modelagens nas operações, mas são várias áreas separadas. Com o BIM haverá um intercâmbio de informações o que dará mais agilidade aos processos", enfatizou Nascimento.

O projeto-piloto está na fase inicial de identificação das ferramentas mais adequadas para o BIM. Londrina foi escolhida para receber o "aeroporto digital", segundo o especialista, em função da movimentação de passageiro e tráfego e pela quantidade de informações formatadas já existente.